Menu | Terreiro Cachoeira da Oxum |
Votação | ||
|
|
1 |
Aqui a Umbanda e levada a sério
Oxumaré a cobra/arco-íris, orixá masculino, símbolo da continuidade e da permanência.
Representa a riqueza e a fortuna.
Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Ossaim e Omolú/Obaluaiê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento.
Pode ser representado pela serpente que morde a própria cauda. Por isso seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolú.
Ele é o senhor de tudo que é alongado.
O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Características dos filhos de Oxumaré Arco-íris representa riqueza e fartura O arco-íris representa riqueza e fartura do orixá Oxumaré Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos.
Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumaré se desfazer de algo seu, em favor dos necessitados, com a maior facilidade, contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza. Nessa fase estão no arco-íris, a fase mais doce e sincera que possuem. São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém;
se tornam terríveis quando com raiva, representando nesse estado a serpente, que vem trazendo o lado negativo de Oxumarê, o seu lado mais perigoso, que é a falsidade e a perversidade.
Os filhos do orixá Oxumaré estão em constantes mudanças em suas vidas São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los.
Tudo muda em suas vidas: os amigos, os romances, as cidades que moram. Gostam de mudanças e quando a fazem, se tronam radicais.
Podem desenvolver a bissexualidade, pois faz parte da característica deste orixá, que é 6 meses homem e 6 meses mulher, não que seus filhos tenham os dois sexos, mas que podem gostar e sentir atração por homem e mulher, de forma natural.
A filha de Oxumaré é do tipo mulher fatal, adora badalações, festas, jóias e tudo que é caro. Descontraída e muito divertida, sempre com alto astral ela vive em movimento constante. Qualquer prazer a diverte e por isto mesmo conquistar uma filha deste orixá é tarefa difícil. Geralmente são pessoas muito livres, não suportam serem controladas e não sentem o menor ciúme do parceiro.
Já os homens filhos do Oxumaré são fascinantes, aqueles que todos cobiçam em uma festa, mas são difíceis de conquistar. Sabem que marcam presença, discutem sobre qualquer assunto muito bem.
Pelo sexo que é possível prender os filhos desse orixá que são muito livres e não gostam de parceiras ciumentas.
Oxumarê é a serpente arco-íris.
Suas funções são múltiplas.
Alguns, poeticamente, declaram que são meros servidores de Xangô e que seu trabalho consiste em recolher a água caída sobre a terra, durante a chuva, para levá-la às nuvens... Mas achamos nesta definição um certo tom "educativo e descritivo dos fenômenos da natureza para escolas primárias ocidentais".
Oxumarê é o símbolo da mobilidade e da atividade.
Ela é a continuidade e a permanência e, algumas vezes, é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda.
Enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Se perdesse as forças, isto seria o fim do mundo...
Eis aí uma excelente razão para não se negligenciar as suas oferendas. Oxumarê é ao mesmo tempo, macho e fêmea.
esta dupla natureza aparece nas cores vermelha e azul que cercam o arco-íris.
Ela representa, também, a riqueza, uma das virtudes mais apreciadas... mesmo no mundo dos Yorubás.
Certas lendas contam que "ele era outrora um Babalaô adivinho, filho do proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes".
Começou a vida com um grande período de mediocridade e mereceu, por esta razão, o desprezo de seus contemporâneos.
Sua chegada final à glória e à força é simbolizada pelo arco-íris que, quando aparece, faz as pesoas exclamarem: "Ora, ora, ora, eis Oxumarê!"
Isto mostra, assim, que ele é conhecido universalmente e, como a presença do arco-íris impede que a chuva caia, ele demonstra, também, a sua força".
O mesmo tem aparece numa outra lenda: "Este mesmo babalaô Oxumarê vivia duramente explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente. Consultava-lhe a sorte, de quatro em quatro dias.
O rei, porém, remunerava seus serviços com extrema parcimônia e Oxumarê vivia num estado de semi-penúria.
Felizmente para ele, foi chamado por Olokun, rainha de um reino vizinho, cujo filho sofria de um mal estranho: não conseguia se manter em suas próprias pernas, tinha crises e, nestes momentos, rolava sobre as cinzas incandescentes da lareira. Oxumarê curou a criança e voltou a Ifé repleto de avançarpresentes, vestido com riquíssima vestimenta do mais belo azul.
Olofin, espantado por este repentino esplendor e lastimando sua avareza passada, rivalizou em generosidade com Olokun, dando a Oxumarê, pelo seu lado, presentes de valor e oferecendo-lheuma roupa de uma bela cor vermelha.
Oxumarê ficou rico, respeitável e respeitado, sem imaginar que tempos melhores ainda o esperavam.
Olodumaré, o Deus Supremo, sofria da vista e mandou chamar Oxumarê; quando se viu curado por seus cuidados recusou-se a se separar dele.
Desde esta época, Oxumarê reside no céu e só, de tempos em tempos, tem autorização de pisar na terra.
Nestas ocasiões, os seres humanos tornam-se ricos e felizes".
Os Orikis, saudações a Oxumarê, são bastante descritivos: "Oxumarê que fica no céu Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega à floresta e respira como o vento.
Pai, venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida".
No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares de contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrada.
Seus iniciados usam brajá, longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem à mão um Ebiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas de palmeira, reunidas em feixes, ligadas, e cuja extremidade superior foi recurvada e dobrada.
No decorrer de suas danças, apontam os dedos indicadores alternativamente, para o céu e para a terra.
As pessoas gritam Aoboboi !!! para o saudar.
A Oxumarê são feitas oferendas de patos e comidas onde se misturam feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê.
Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu.
Festejam-no numa pequena cidade dos arredores que leva seu nome.
Seus fiéis aí se encontram no dia 24 de agosto, a fim de se banharem numa cascata coroada por uma neblina úmida, onde o sol faz brilhar permanentemente o arco-íris de Oxumarê. As origens deste deus, pouco conhecido na Nigéria, são tidas no Brasil como estando no país Mahi, ao norte de Abomey.
Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas. Das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos, e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos.
Suas tendências à duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógina de seu deus.
Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente.
Não deixam de possuir generosidade e não se negam a estender a mão, em socorro daqueles que dela necessitam
Sincretismo Religioso 24 de Agosto é o "Dia de Oxumarê", sincretizado com São Bartolomeu Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu.
Segundo fontes históricas, São Bartolomeu teria pregado o cristianismo até na Índia.
Outra tradição diz que o apóstolo morreu por esfolamento em Albanópolis, atual Derbent, Cáucaso, a mando do governador, tanto que na Capela Sistina ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na outra o instrumento de seu suplício, um alfange.
OXUMARÊ Osumarê ou Osumaré, é a energia das cores, da luz, do sol após as chuvas, o arco-íris, e por isso mesmo é associado às serpentes, que são muito coloridas e poderosas. Conta o mito que apesar de tudo que houvera com Obaluaiê, Nanan e Oxalá tiveram outro filho. Este era Osumarê. Contudo, como novamente eles haviam desobedecido aos preceitos de Orunmila, Osumarê nasceu sem braços e sem pernas, com a forma de serpente, rastejando pela terra, e ao mesmo tempo com a forma de homem. Mais uma vez decepcionada Nanan abandonou Osumarê. Osumarê entretanto possuía grande capacidade adaptativa e, mesmo sem membros para locomover-se, possuía imensa astúcia e inteligência, aprendeu a subir em árvores, a caçar para comer, a colher as batatas doces de que tento gostava, e a nadar. Orunmila, o deus da adivinhação do futuro, admirando-se e apiedando-se dele, tornou-o um orixá belo, de sete cores de luz, encarregando-o de levar e trazer as águas do céu para o palácio de Xangô. È Oxumarê, portanto quem traz as águas da chuva e é a ele que se pede que chova. Como seu percurso era longo, Oxalá, seu pai, fez com que ele tomasse a forma do arco-íris quando tivesse essa missão a realizar. Com as águas da chuva, Oxumarê traz as riquezas aos homens ou a pobreza. Oxumarê vive com sua irmã Ewa no fim do arco-íris.
|
Todos os dias Oxumarê passava em frente ao palácio de Xangô, exibindo a beleza de seus trajes e a riqueza de seus adornos em ouro. O rei olhava admirado e desejava muito ter um contato mais intimo com o jovem, porém, conhecia sua fama de não deixar ninguém se aproximar. Resolveu então preparar uma armadilha e para isso mandou que simulassem uma audiência real e chamassem Oxumarê afirmando que era uma ordem para todos os moradores do reino. Obediente às ordens de seu soberano, Oxumarê compareceu pontualmente no dia determinado. Lá chegando estranhou que estivesse tão vazio já que a ordem tinha sido a todos os súditos, pensou em voltar atrás, imaginando que poderia ser um truque. Mas era tarde, os soldados já o estavam encaminhando a sala do trono. Ao aproximar-se do rei prostrou-se ao chão, como era hábito. Ao erguer a cabeça percebeu um gesto brusco de Xangô dirigido aos soldados que imediatamente passaram a fechar todas as portas e janelas da grande sala. Percebeu que realmente fora enganado. Olhou em torno e não viu condições de fuga. Xangô levantou e se dirigiu ao rapaz, tentando tomá-lo nos braços. Oxumarê passou a se esquivar sempre procurando uma maneira de escapar. Corria de um lado a outro sem conseguir achar nenhuma saída ou mesmo um lugar onde pudesse se esconder. Tomado pelo desespero elevou o pensamento a Olorum em respeitoso pedido de ajuda. Olorum, sensibilizado pela prece do rapaz transformou-o em uma serpente no instante em que era apertado pelos fortes braços do rei. Este, tomado de susto e nojo, largou imediatamente a cobra que sinuosamente atravessou o corredor do salão e saiu por uma fresta da grande porta de entrada. Foi assim que Oxumarê livrou-se do assédio de Xangô. Muito tempo depois, quando ambos foram feitos orixás, Oxumarê ficou encarregado de levar água do mar para o palácio de Xangô, no Orum (céu). A essa tarefa Oxumarê se dedica exemplarmente até hoje, mas Olorum determinou que nunca mais Xangô pode aproximar-se dele. Luiz Carlos Pereira
|
Nana Buruju desejava ter um filho com Oxalá. Conseguiu o primeiro (OBALUAIÊ) ela o rejeitou e se livrou – se do mesmo. O Deus do destino disse que ela teria um outro filho belíssimo, mas jamais ficaria junto dela, e viveria percorrendo o mundo sem parar, e seria tão lindo como o Arco Íris. Durante seis meses Oxumaré transformava – se em um monstro a cobra, os outros seis meses era uma belíssima moça (Bessém) Bessém ficou com raiva de Nanã, porque, quando namorava os seis meses que era a moça estava tudo bem o problema era os outros seis meses que se transformava em uma cobra. O namorado sempre desistia do namoro e saia correndo. Oxumaré era pobre, pois o rei Oni nunca se mostrou particularmente generoso. Mas Oxumaré queria ter mais riquezas. Não sabia porém como ampliar seus rendimentos então Ifá trousse uma resposta: Tudo faria por ele se Oxumaré lhe fizesse uma oferenda. E assim ele fez a obrigação composta de uma faca de bronze, 4 sacos de búzios, 4 pombos. Mas o rei exigia exatamente neste momento a presença de Oxumaré no palácio, não podendo larga a cerimônia no meio, Oxumaré mandou dizer que logo após a oferenda iria. O rei não satisfeito mandou que cortasse os vencimentos, jogando Oxumaré na miséria. Mas Olokum, a rainha de um reino vizinho, mandou chamar Oxumaré, pois queria seus serviços, por que tinha um filho doente. Oxumaré novamente serviu de ponte entre os humanos e a divindade de Ifá. Procurou saber o que era necessário para o garoto fica bom, logo que descobriu cumpriu os ritos necessários e curou o garoto. A gratidão de Olokum foi tamanha que encheu de presentes, servos, roupas caras, enfim simbolizando a riqueza. O rei de Oni ficou surpreso e invejoso, mandou mais presentes a Oxumaré, só que ainda mais valiosos. Ifá cumpriu o prometido: Fez de Oxumaré uma pessoa muito rica e respeitada.
|
Oxumaré era, antigamente, um adivinho (babalaô). O adivinho do rei Oni. Sua única ocupação era ir ao palácio real no "dia do segredo"; dia que dá início à semana de quatro dias dos iorubas. O rei Oni não era um rei generoso. Ele dava apenas, a cada semana, uma quantia irrisória a Oxumaré que, por esta razão, vivia na miséria com a sua família. O pai de Oxumaré tinha um belo apelido. Chamavam-no "o proprietário do xale de cores brilhantes". Mas, tal como seu filho, ele não tinha poder. As pessoas da cidade não o respeitavam. Oxumaré, magoado com esta triste situação, consultou Ifá. "Como tornar-se rico, respeitado, conhecido e admirado por todos?" Ifá o aconselhou a fazer oferendas. Disse-lhe que oferecesse uma faca de bronze, quatro pombos e quatro sacos de búzios da costa. No momento que Oxumaré fazia estas oferendas, o rei mandou chamá-lo. Oxumaré respondeu: "Pois não, chegarei tão logo tenha terminado a cerimônia". O rei, irritado pela espera, humilhou Oxumaré, recriminou-o e negligenciou, até, a remessa de seus pagamentos habituais. Entretanto, voltando à sua casa, Oxumaré recebeu um recado: Olokum, a rainha de um país vizinho, desejava consultá-lo a respeito de seu filho, que estava doente. Ele não podia manter-se de pé, caía, rolava no chão e queimava-se nas cinzas do fogareiro. Oxumaré dirigiu-se à corte da rainha Olokum e consultou Ifá para ela. Todas as doenças da criança foram curadas. Olokum, encantada com este resultado, recompensou Oxumaré. Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de um rico tecido. Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo, com o qual Oxumaré retornou à sua casa, em grande estilo. Um escravo fazia rodopiar um guarda-sol sobre a sua cabeça e músicos cantavam seus louvores. Oxumaré foi saudar o rei. O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe: "Oh! De onde viestes? De onde saíram todas estas riquezas?" Oxumaré respondeu-lhe a rainha Olokum o havia consultado. "Ah! Foi então Olokum que fez tudo isto por você!" Estimulado pela rivalidade, o rei Oni ofereceu a Oxumaré uma roupa do mais belo vermelho, acompanhada de muitos outros presentes. Assim, Oxumaré tornou-se rico e respeitado. Entretanto, Oxumaré era amigo de Chuva. Quando Chuva reunia as nuvens, Oxumaré agitava sua faca de bronze e a apontava em direção ao céu, como se riscasse de um lado a outro. O arco-íris aparecia e Chuva fugia. Todos gritavam: "Oxumaré apareceu!" Oxumaré tornou-se muito célebre. Nesta época, Olodumaré o deus supremo, aquele que estende a esteira real em casa e caminha na chuva, começou a sofrer da vista e nada mais enxergava. Ele mandou chamar Oxumaré e o mal dos seus olhos foram curados. Depois disto, Olodumaré não deixou mais que Oxumaré retornasse à Terra. Desde este dia, é no céu que ele mora e só tem permissão de visitar a Terra a cada três anos. É durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prósperas. lenda tirada do livro (Lendas Africanas dos Orixás) do altor Pierre Fatumbi Verger/ Caribé - Editora Corrupio
|
*PONTOS DE OXUMARE*
*1 - Firmeza da Linha*
Choveu no céu, e o sol brilhou, um arco-íris apareceu Anunciando que Oxumare, abençoava os filhos seus
Sete cores tem o arco-íris, sete pedidos você faça com fé
E quando lcançar o que pediu...
Vai ao mar e vai ao rio agradecer a Oxumare Vai ao mar e vai ao rio agradecer a Oxumare
*2 - Chamada* ** Um arco-íris, no céu eu vi brilhar O céu brilhante deu lembranças de* *Oxalá
Oxumare meu pai vem trabalhar Ele vem de muito longe, Pro seus filhos amparar
Ele vem de muito longe, Pro seus filhos amparar
*3- Sustentção* ** Oxumare está no reino Oxumare é orixá
Oxumare está no reino Oxumare é orixá
Olha seus filhos que pedem meu pai Amor e paz neste congá
Olha seus filhos que pedem meu pai Amor e paz neste congá
*4 - Saudação* **
O sol brilhou no céu, o arco-íris no mar O sol brilhou no céu, o arco-íris no mar
Oh sol brilhante, oh sol fecundo Oxumare é que está no congá
Oh sol brilhante, oh sol fecundo Oxumare é que está no congá
*5 - Subida* ** Oxumare já me ajudou, Oxumare já me abençoou Oxumare já me ajudou, Oxumare já me abençoou
Filhos de pemba por que tanto chora?
É Oxumare, mare, que já vai embora...!
Filhos de pemba por que tanto chora?
É Oxumare, mare, que já vai embora...!
As Sete Espadas de São Jorge!
Caminhava cabisbaixo pelas estradas da solidão, confuso, perdido, quando encontrei meu Pai Ogum!
Logo me ajoelhei e saudei aquela Força Divina, irradiando em meu caminho. Me ergueu do chão, me abraçou e antes de partir, deixou a meus pés, envoltas em sua capa vermelha, espadas que brilhavam como raios de sol no entardecer!
Foram sete as espadas que me ofereceu!
E de todas elas me servi para me curar : A primeira eu usei para desbravar caminhos, limpá-los das ervas daninhas que cresciam desenfreadamente, alimentando-se da preguiça, da falta de vontade, da culpa;
com a segunda, desbravei todas as raízes da ignorância,
do preconceito, da insegurança, que não me deixavam caminhar, por medo do desconhecido, da escuridão;
a terceira eu usei como verdadeiro reflexo de mim mesmo,
podendo ver em mim todas as falhas que via nos outros, todas as dores, todas as dúvidas que me impediam de ser quem um dia eu sonhei;
com a quarta, criei o Fogo Divino que me transformou e fez brotar em mim a semente da Vida, me impulsionando a seguir em frente, com Força, com Fé, com Verdade;
a quinta eu empunhei para combater todos os meus dragões interiores, varrendo todas as investidas da falsidade, da inveja, do ego;
a sexta eu usei como cajado para me ajoelhar, agradecendo a meu Pai por ter me ajudado a vencer a minha luta pessoal e a conquistar a maior de todas as vitórias: a minha batalha interior!
A sétima espada eu ergui bem alto e, vestido com a capa de meu Pai, montado em meu cavalo, preparado para a batalha, parti, sendo mais um guerreiro de Ogum, percorrendo os campos da vida, pronto para lutar por todos os filhos de Oxalá!
Patacori Ogum!
“Aqueles que estão abertos às lições da vida, e que não se alimentam de preconceitos, são como uma folha em branco, onde Deus escreve suas palavras com a tinta divina.”
“Aqueles que estão sempre olhando o mundo com cinismo e preconceito, são como uma folha já escrita, onde não cabem novas palavras.”
“Não se preocupe com o que já sabe, ou com o que ignora. Não pense no passado nem no futuro, apenas deixe que as mãos divinas tracem, a cada dia, as surpresas do presente.
" Rabino Elisha Ben Abuyah
Oxumarê é simbolizado pela serpente.
Simbolizado pela serpente.
Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho (Besèn e Frekuén).
Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano (também evidenciado pela sua mudança de pele).
Parente de Nanã e Obaluaiye, o que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.
É a mobilidade e a atividade.
Uma de suas obrigações, em suas múltiplas funções, é a de dirigir o movimento, é o senhor de tudo que é alongado.
O cordão umbilical, que está sob o seu controle; é o símbolo da continuidade e permanência e, algumas vezes é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda.
Sua dupla natureza de macho e fêmea, é simbolizada pelas cores vermelha e azul que cercam o arco íris, ou, verde e amarelo dependendo da região.
Também representa a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos yorubás.
Seus iniciados usam brajás , longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de uma serpente, e trazer na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervura das folhas de palmeira, ou Idan duas cobras em ferro forjado.
Durante suas danças, apontam alternadamente para o céu e para a terra.
Através do arco íris, se torna o elemento de ligação entre o céu e a terra, fazendo a ponte aiyé-orún, transporta mensagens e oferendas.
O arco-íris representa riqueza e fartura do orixá Oxumaré
ARQUÉTIPOS:
São persistentes e pacientes, não medindo esforços para atingirem seus objetivos.
São generosos ou avaros, conforme a situação econômica em que se encontram. Agitados e observadores, procuram constantemente o equilíbrio e a harmonia.
Suas grandes forças são a eloqüência e a inteligência, armas que usam com muita habilidade em situação de ataque ou defesa.
SAUDAÇÃO: A Run BOBÔi !
CORES: AMARELO E PRETO.
DIA DA SEMANA: QUINTA-FEIRA.
ADORNO: DUAS COBRAS DE METAL.
DOMÍNIO: ARCO-ÍRIS.
AXÉ (FORCA EMANADA): equilíbrio RIQUEZA
EWÁ - Irmã de Iansã. É o horizonte que divide o dia e a noite. Separa o céu da terra e do mar. Deusa casta que tem o poder de tornar-se invisível e penetrar nos mistérios de Ifá. Sincretizada com Nossa Senhora das Neves.
OBÁ - Deusa guerreira das águas revoltas.
É a mais velha das esposas de Xangô. Considerada deusa do ciúme, tornou-se a imagem da sofredora.
Sincretizada com Joana D’Arc e Santa Catarina.
OXUMARÊ - É o arco-íris e também a cobra coral, a serpente que fecunda o solo e gera riquezas. Masculino e feminino ao mesmo tempo, simboliza a interação das energias.
Mordendo a própria cauda assume uma forma circular permanecendo numa rotação contínua, permitindo manter em equilíbrio os corpos celestes.
No sincretismo, associado a São Bartolomeu.
LOGUN-EDÉ - Protetor dos navegantes.
É o filho de Oxum com Oxossi.
Tem os poderes dos pais e vive seis meses na mata e seis meses nos rios, o que lhe dá a designação de metá, ou seja, é metade homem, metade mulher.
Tem ainda os atributos da beleza, elegância e sedução.
Associado a São Miguel Arcanjo e Santo Expedito no sincretismo.
Salve Oxumare