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Textos de Umbanda
Textos de Umbanda

Textos de Umbanda

 

De olhos   fechados
    Sentado ali em frente ao seu congá, o velho Pai de Santo relembra com surpreendente nitidez a sua infância e seu primeiro contato com a espiritualidade. Nitidamente ele se vê na tenra infância a brincar sozinho no amplo quintal da casa de seus pais. Lembra-se que alguma coisa o fez olhar para as nuvens e que diante dele uma estranha imagem se formou; um velho sentado ao redor de uma fogueira e um menino a ouvir-lhe as histórias, De alguma forma, o menino ao ver aquela cena, sabia que se tratava dele mesmo.    O tempo passou e a cena jamais foi esquecida e também jamais   revelada, o acompanha em sonhos e lembranças. Cresce e acaba por   se tornar um médium umbandista.     Aos poucos vai conhecendo seus guias que vão tomando seu corpo   nas diversas “giras de desenvolvimento”. Primeiro o Caboclo, que   lhe parece muito grande e forte; depois os demais até que ao   completar 18 anos, o seu Exú também recebe permissão para   incorporar.     Já não é mais médium de gira. A bem da verdade, ocupa o cargo de   Pai Pequeno de Terreiro. Percebe que não tivera uma adolescência   com a da maioria dos jovens que lhe cercam na escola. Não vai a   bailes, festas ….     Dedica-se com uma curiosidade e um amor cada vez maior à prática   dacaridade. Os anos passam e ele acaba por abrir seu próprio   terreiro. Inúmeras pessoas procuram seus guias e recebem sempre   um lenitivo, uma palavra de consolo, uma esperança. Foram tantos   os pedidos e os trabalhos realizados que já perdera a conta. Viu   inúmeras pessoas que declaravam amor eterno pela Umbanda se   afastarem, criticando o que ontem lhes era sagrado, porque alguns   de seus pedidos, não haviam sido alcançados na plenitude   desejada.     Presenciou pessoas que vindas de outras religiões, encontravam a   paz dentro do terreiro. Este, era mantido a duras penas já que   nada cobrava pelos trabalhos realizados. “Daí de graça, o que de   graça recebestes”.     Solteiro, permanecia até hoje pois embora tivesse muitas mulheres   que lhe foram caras, nenhuma delas suportou ficar a seu lado.   Para ele, a vida sacerdotal se impunha a qualquer outro tipo de   relacionamento.Mesmo assim, amava todas aquelas que lhe fizeram   companhia em sua jornada terrena.     Brincava o velho Pai de Santo quando lhe perguntavam se era   casado…. Respondia bem humorado que se casara muito cedo, ainda   menino. A curiosidade dos interlocutores quanto ao nome de sua   mulher era satisfeita com uma só palavra: Umbanda. Este era nome   de sua mulher.     Com o passar do tempo a idade foi chegando. Muitos de seus Filhos   de Fé seguiram seus destinos, vindo eles próprios, a abrir suas   casas de caridade. O peso da idade não o impede de receber suas   entidades e ainda ecoa pelo velho e querido terreiro o brado de   seu Caboclo; o cachimbo doPreto Velho ainda perfuma o ambiente, a   gargalhada do Exú ainda impressiona, a alegria do Erê emociona a   ele e a todos… Enfim, sente-se útil ao trabalhar.     Hoje não tem gira, o terreiro está limpo, as velas estão acesas e   tudo parece normal. Resolve adentrar ao terreiro para passar o   tempo. Perdera a noção da horas. Apura os ouvidos e sente passos   ao seu redor. Percebe que alguém puxa os pontos e o atabaque   toca. Ele está de frente para o congá. O cheiro da defumação   invade suas narinas…. Seus olhos se enchem de lágrimas na mesma   proporção que seu coração se enche de alegria. Estranhamente não   sente coragem ou vontade de olhar para traz…. apenas canta   junto os pontos. Fixa as imagens do altar, fecha os olhos e ainda   assim vê nitidamente o congá. Parece que percebe o movimento do   terreiro aumentar e vira de costas para o congá e a cena o   surpreende: Vê Caboclos, boiadeiros,pretos velhos, marujos,   baianos, erês e toda uma gama de Guias. Até os Exús e Pombas   Giras estão ali na porteira. Se dá conta que os vê como são – não   estão incorporados, todos lhe sorriem amavelmente.     Dentre tantos Guias percebe aqueles que incorporam nele desde   criança. Tenta bater cabeça em homenagem a eles, mas é impedido.   O Caboclo, seu Guia de frente se adianta e lhe abraça, brada seu   grito guerreiro, sendo acompanhado pelos demais. O Velho Pai de   Santo não aguenta e chora emocionado. As lágrimas lhe turvam a   vista. Ele fecha seus olhos e ao abri-los, todos os Guias   permanecem em seus lugares, porém calados….     Nota uma luz brilhante em sua direção. Iansã e Omulú se   aproximam. Seu Caboclo os saúda e é correspondido. A luz o   envolve. Já não se sente velho, na verdade, sente-se jovem como   nunca, seu corpo está leve e levita em direcção à luz. Todos os   Guias lhe fazem reverência.     O terreiro vai ficando longe, envolto em luz…Sorri alegre.   Missão cumprida.     No dia seguinte encontram seu corpo aos pés do congá. Parece que   sorri….

 

 

DICAS EM MEDIUNIDADE

Seja o mais discreto possível. Evite comentários pessoais em torno das faculdades de que seja portador. Direta ou indiretamente, não provoque palavras elogiosas a você. Não queira se antecipar à experiência que apenas o tempo lhe conferirá. Confie na ação dos espíritos por seu intermédio, mas submeta tudo ao crivo da razão. Não permaneça na expectativa de bons resultados sem trabalho perseverante. Mesmo quando bem intencionados, acautele-se contra os bajuladores. Vacine-se contra a vaidade, não admitindo qualquer situação que o coloque em evidência. Não se afaste das atividades que, doutrinariamente, muitos consideram insignificantes. Jamais reivindique privilégios. Preocupe-se em dar exemplo de devotamento e amor à Causa. Eleja na prática da Caridade o seu ponto de sintonia contínua com os Planos Mais Altos. Aprenda a ouvir mais do que falar. Tenha sempre uma palavra de otimismo em seus lábios. Não condicione a sua presença na tarefa, fazendo com que a sua opinião prevaleça sobre as demais. Fuja de exercer domínio sobre quem quer que seja. Não ponha palavras suas na boca dos espíritos. Convença-se de que as Trevas possuem mil maneiras para fazê-lo cair. Toda vigilância de sua parte ainda é pouca. Quem aceita o primeiro suborno, começa a se vender por inteiro. Escolha caminhar entre pontos de referência que, realmente, possam lhe dar segurança na jornada. Não se considere completamente imune à fascinação. Em favor de seu equilíbrio mental, não ignore a sua condição de mero instrumento. Estude, mas não para mostrar que sabe e, sim, para que melhor avalie o tamanho de sua ignorância da Verdade. Com a sua condição de médium, não atropele a sua condição de espírita. O médium que mais recebe é aquele que mais doa. Faça, a sós, as preces que você costuma fazer em público. Dignifique o seu lar e a sua família. Não olvide que ninguém é melhor médium do que pessoa. O alicerce do edifício da mediunidade chama-se caráter.

por João Camargo

 

RAIZ INDIGENA
Embora muitos não acreditem e não aceitem, a Umbanda é uma religião cristã e genuinamente brasileira. Neste contexto, a abordagem que far-se-á é indigenista e não africanista. Por quê ? Devido a super-valorização, até por parte de muitos umbandistas, da cultura negro-africana, do culto aos Orixás das nações de Candomblé, criou-se uma ofuscação da questão indígena. Facilmente encontramos vasta literatura a respeito da cultura africana e muito pouco, quase nada, sobre a riquíssima indígena brasileira no que se refere a Umbanda, sendo estes índios formadores de nossa raiz ancestral e cultural. Muitos irmãos de fé dizem que a raiz-origem da Umbanda está na África. Muitos até dizem ser a Umbanda uma ramificação do Candomblé. Um fato inquestionável e indiscutível, na minha opinião (Hugo Saraiva), é que os negros africanos muito contribuíram para o surgimento do que hoje chamamos de Umbanda em solo brasileiro, mas, acredito que a raiz da Umbanda esteja na Espiritualidade. Utilizou-se ela (a espiritualidade) da miscigenação das raças e pluralidade cultural e teológica existente no Brasil para difundir uma “religião única”, baseada na caridade e no amor ao próximo. Por ser uma filo-religião dos espíritos de Deus, os mesmos, com a permissão de Oxalá, se apresentam no mundo físico numa forma de pronto-socorro espiritual, religando o homem ao Divino através de seu encontro e harmonização com as forças da natureza. Podemos então perceber que a raiz da Umbanda não está no Homem, mas sim no Espírito de Deus. Talvez devido a este fato, a Umbanda não tenha uma codificação, como o espiritismo (kardecismo) tem. Não tem um codificador (apesar de muitos irmãos quererem codificá-la) justamente para não criar certos dogmas e mitos, para não impor uma concepção única a respeito da Espiritualidade, dando-se a liberdade para que os irmãos se utilizem dos segmento teológico-religioso que mais tiver afinidades, mas sabedor que só se chega ao Pai Maior utilizando-se da caridade desinteressada como prova de amor ao próximo, praticando assim o Evangelho de Jesus, tal qual nos foi revelado. A raiz africanista de que muitos irmãos falam, parte da forte influência da cultura negra no processo de miscigenação que “fundou” nossa religião. No entanto, estes mesmos irmãos não atentaram a analisar a Umbanda sob a perspectiva indígena. Ao chegarem os brancos europeus e posteriormente os negros escravos no Brasil, já existia aqui uma raça e uma cultura predominante. Os Tupi-Guaranis e Tupinambás. Os índios, na época, já tinham seus ritos religiosos e magísticos, danças típicas como a “Aruanã “, danças totêmicas dos Tupis, tambores, amplo conhecimento do poder das ervas, a faculdade mediúnica da vidência, cultuavam e reverenciavam as forças da natureza como manifestações da Divindade, tendo cada uma um deus respectivo, que, inclusive, podemos associar aos Orixás da Umbanda. Vejamos a teogonia indígena:
Nome Significado Na Umbanda Tupã Deus Sol Deus Caramuru Deus Trovão Xangô Aimoré Deus Caça Oxósse Urubatã Deus Guerra Ogum Anhangá Deus dos Mortos Omulu/Obaluayê Iara Deus Água Yemanjá Jandirá Deus Rios Oxum Mitã Criança Ibeijadas Jurema Divindade Caboclas
Estes são alguns exemplos e creio que muitos irmãos devem estar surpresos com estas informações, pois não costumamos valorizar nossa própria cultura, nossa brasilidade. Percebemos aqui semelhanças entre cultos e rituais afro e indígenas. Raças diferentes, continentes diferentes, culturas diferentes. Tudo coincidência ??? acredito eu, que tudo isto mostra a Essência Divina que se manifesta em todas as partes, de acordo com a cultura, a estrutura social e a herança religiosa de cada povo.
**QUEM SÃO OS CABOCLOS DA UMBANDA?** Caboclos são todos os espíritos de uma certa hierarquia que vibram na mesma energia da lei de Umbanda. Para ser caboclo não é necessário que o espírito já tenha sido em alguma reencarnação um índio, é necessário sim que ele se identifique com as leis de Umbanda, que são
1-Caridade,
2- Simplicidade ou Humildade,
3- Senso de dever,
4- Lealdade,
5- Honra.
Conforme dito a cima, nem todos os caboclos vem de origem indígena mas muitos que ainda militam na ceara umbandista já foram índios e necessitam trabalhar pelo seu progresso e pelo progresso de seu próximo e infelizmente são tidos como atrasados em algumas religiões, e em outras não encontram campo de ação, pois os cultos já estão muito distorcidos da prática do bem. E assim sendo só encontram na sagrada Umbanda uma porta aberta ao trabalho dentro das normas do Mestre Jesus. A influência indígena na Umbanda é clara o que não impede que espíritos outros nela trabalhem, e é o que tem acontecido ultimamente, muitos espíritos que ocuparam lugar de destaque na sociedade terrena, hoje encontram-se como caboclos ou preto-velhos na humildade e na força que a Umbanda exige de seus integrantes. Observa-se também que caboclo é uma nomenclatura usada para se referir a ligação com a natureza que são as forças mantedoras da vida, Ex: Caboclo Beira-Mar, que traz como força maior as águas ou Caboclo sete pedreiras que traz como força o mineral e assim por diante nos vários nomes que identificam seu campo de ação. Como sabemos a umbanda é a única religião genuinamente Brasileira iniciada pelo caboclo das Sete Encruzilhadas, que ficou se sabendo através de um médium Kardecista que o mesmo havia sido um padre Jesuíta em sua encarnação anterior, e ao ser inquerido deu o seu nome, que era Padre Gabriel Malagrida e seus feitos como servo de Deus. Muitos espíritos que trabalham ainda hoje na Umbanda já foram índios e se orgulham de o terem sido, pois o índio representa a natureza, o modo simples de viver, também representa a força e astúcia . Engana-se quem vê nos índios seres atrasados, pois a alguns séculos atrás haviam índios de uma grande inteligência, tais como os Mais, Incas e astecas que em nada lembravam a ignorância e sim a inteligência. Atrasados foram os homens brancos ( europeus) que os dizimaram com o pretexto de que eram selvagens e sem alma, de olho nas suas riquezas e terras. Se a alguns séculos atrás estes espíritos que participavam da família indígena já eram adiantados, o que se dirá hoje depois de muitas reencarnações e trabalho em prol da Umbanda. Portanto engana-se quem acha que a Umbanda é feita por espíritos atrasados. Nas falanges de Umbanda militam variados graus de espíritos como na sociedade terrena; Espíritos que já foram diplomados na terra e também espíritos simples, o importante na Umbanda não são os títulos que ajam adquirido nas faculdades terrenas já que no plano espiritual também há faculdades, o importante é que esses espíritos tenham amor no coração e acima de tudo fé em Deus, disciplina e honra também são essenciais para pertencer as falanges de Umbanda, e é através destes quesitos que se pode praticar a fraternidade aos irmãos necessitados. Como pode alguém chamar estes espíritos de atrasados, espíritos que se dedicam a proteger e amparar os irmãos da Terra que em sua grande maioria provocam os seus próprios padecimentos, estes sim é que são atrasados que não reconhecem o amor, fé, disciplina e honra.Caboclo são os nossos “pais”, guias espirituais os nossos anjos da guarda, que nos assistem nos dando conselhos, nos fluidificando e nos amparando para que o mal não nos prejudique a jornada de aprendizado na terra, São os nossos professores e mestres na escola do Mundo, em fim são as mãos de Deus que amparam os filhos retardatários na jornada evolutiva.
Os nomes usados pelas entidades espirituais, que apresentam-se como Caboclos, na Umbanda podem ser nomes indígenas de pessoas, como por exemplo: Cabocla Jurema ou podem ser referências a tribos ou troncos linguísticos, como Tupinambá. Podem ainda referir-se a nomes simbólicos, usados na Umbanda, como: Caboclo do Sol.
Outro fato que deve ser percebido é que alguns nomes de Caboclos, podem ser usados por falanges que vêm na vibração de dois ou mais Orixás, como por exemplo, o nome Cobra Coral, que é encontrado na vibração de Xangô ( mais comumente) e também na vibração de Oxóssi.
Estarei atualizando a lista com mais nomes, após novas pesquisas.
 
CABOCLOS DE OGUM:
Águia Branca, Águia Dourada, Pena Vermelha, Sete Espadas, Espada Flamejante, Sete lanças, Tabajara, Tamoio, Tucuruvú, Sete Ondas, Sete Caminhos, Sete Matas, Rompe Fogo, Caboclo Pantera Negra, Tupuruplata, Akuan, Rompe Nuvem, Caboclo Apeiara, Araribóia, Icaraí, Rompe Ferro, Beira Mar, Caiçara, Caboclo Goitacá,  Ipojucan,Itapoã, Águia Solitária, Caboclo Kaluanã, Jaguarê, Ubirajara, Rompe Aço, Caboclo Beira Mar, Caboclo Ogum Iara, Caboclo Ogum Megê, Caboclo Ogum Matinata, Caboclo Guarani, Caboclo Ogum Naruê, Caboclo Ogum das Matas, Caboclo Apecatu, Caboclo Ogum Beira Rio, Caboclo Ogum de Lei, Caboclo Ogum de Ronda, Caboclo Ibiajara, Caboclo Guaçu, Caboclo Goitacá, Caboclo Apuana, Caboclo Tibiriçá.
CABOCLOS DE XANGÔ
Caboclo Sete Pedreiras, Caboclo Sete Cachoeiras, Caboclo Sete Pedras, Caboclo Sete Montanhas, Caboclo Cachoerinha, Caboclo Treme Terra, Caboclo Tupã, Cobra Coral, Caboclo Itapema,Itapoã, Caramuru, Itamirim, Urubatã da Guia, Treme Terra, Araúna, Cajá, Caboclo do Sol, Itapitinga, Itaqui, Ubiratã, Itajaí, Caboclo Guaritá, Juparã Mirim, Caboclo Itatiba,Caboclo Quebra, Itapeva, Caboclo Giguaçu,  Pedra, Caboclo Itaimbé, Guará, Caboclo Itaum, Caboclo Itajubá,Sete Trovões, caboclo Arranca-Toco, Pedra Preta, Caboclo Itapoã, Pedra Rôxa, Caboclo da Pedreira, Caboclo do Trovão, Itapema, Caboclo Cachoeira, Caboclo Gira Mundo, Caboclo Cubatão, Itapitinga, Caboclo Apuã, Caboclo Voturantim, Caboclo Guairá, Caboclo Itaúna, Caboclo Itabira,Caboclo Itambé, Caboclo Anajé, Caboclo Itatiba, Caboclo Itagi, Caboclo Anajé, Caboclo Itaguaçu,
CABOCLOS DE OXÓSSI
Sete Encruzilhadas, Mata Vírgem, Sete Flechas, Arruda, Pena Branca, Tupaíba, Tupiara, Aimoré, Tupinambá, Rompe Folha, Aracambé, Sete Matas, Junco Verde, Folha Verde, Apuava, Japiassú, Paraguassu, Asema, Pena Verde, Caboclo Jibóia, Pena Azul, Flecheiro, Caçador, Antã, Pena Dourada, Ubá, Caboclo da Lua, Apué, Caboclo da Mata, Anhaguera, Guarani, Guandú, Arapuí, Serra Azul, Sete Serras, Tapuia, Apuama, Flecha Dourada, Caboclo Uirapara, Caboclo Aymoré, Caboclo Lírio Branco, Uiba uí, Caboclo Tira-Teima, Caboclo Cipó, Caboclo Rôxo, Caboclo Jibóia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Ubiracy, Caboclo Jiquitáia,Águia da Mata, Flecheiro do Fogo, Caboclo Apuama, Caboclo Jaguaruna, Caboclo Caiuá, Apoena, Caboclo Guarapari,  caboclo Toriba,
CABOCLOS DE OXALÁ
Caboclo Urubatão da Guia, Caboclo Araguacy, Caboclo Ibaté, Caboclo Mauá, Caboclo Ubirajara, Caboclo Guaratinguetá, Caboclo Eté, Caboclo Jurandir, Caboclo Ventania, Caboclo Tamandaré, Caboclo Apoema, Caboclo Iandé, Caboclo Iaé, Caboclo Uanã, Caboclo Jaçanã, Caboclo Yacamim, Caboclo Ibaretama, Caboclo Cuera,Uaçaiçú, Caboclo Araguaci, Caboclo Anhaguá, Caboclo Inaiê, Caboclo Taiguara, Caboclo Yakecan, Caboclo Uirá,
CABOCLAS DE OXÓSSI
Cabocla Jurema,Cabocla Jacira, Cabocla Flor de Lís, Cabocla Flor da Mata, Cabocla da Mata, Cabocla da Lua, Cabocla Lírio Branco, Cabocla Angatú, Cabocla Sete Flechas, Cabocla Sete Estrelas, Cabocla Samambáia, Cabocla Jandira, Cabocla Capotira, Cabocla Indaiá,
CABOCLAS DE IANSÃ
Cabocla Raio de Luar, Cabocla Jussara, Cabocla Raio de Luz, Cabocla Raio de Sol, Cabocla Bartira, Cabocla Potira,Cabocla Cabocla do Vento, Cabocla Iacina, Cabocla Japotira, Cabocla da Chuva, Cabocla da Pedreira, Cabocla dos Raios, Cabocla Amanaiara, Cabocla Atiaia, Cabocla Amanacy, Cabocla do Trovão, Cabocla das Folhas, Cabocla Sete Raios, Cabocla Tempestade, Cabocla Amanara, Cabocla Tainá, Cabocla Amanacy, Cabocla Iaciara,
CABOCLAS DE IEMANJÁ
Cabocla da Praia, Cabocla das Ondas, Cabocla Janaína,Cabocla Aci, Cabocla Guaraciaba, Cabocla Sete Ondas, abocla Imerim, Cabocla Jaciaba, Cabocla do Mar, Cabocla Estrela do Mar, Cabocla Juracy, Cabocla Ayrumã, Cabocla Jaciema, Apenunga,
CABOCLAS DE OXUM
Cabocla da Cachoeira, Cabocla Assucena, Cabocla Yara, Cabocla do Rio, Cabocla do Sol, Cabocla Irani, Cabocla Saçuena,  Inauê, Imaiá,Cabocla Igapira, Cabocla dos Lírios, Cabocla Jupira, Cabocla Jaci, Cabocla Iracema, Cabocla Iraí, Cabocla Iaciara, Cabocla Ibotira,
CLAUDIA BAIBICH

 

Yansã é Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, (mutações e mudanças) ligadas às coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal, Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos. É a grande guerreira. Yansã é orixá de um rio, conhecido como níger, (em Iorubá =oyá). Este rio é imponente e atravessa toda a África. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através dos seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Oyá, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Este rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra. .Yansã é também agitada como o próprio vento. Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de esposa predileta de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades. Destemida, justiceira e guerreira, essa orixá NÃO teme nada. . É um Orixá feminino muito famoso, sendo uma das mais populares figuras entre os mitos do Candomblé no Brasil, Portugal e África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá. Iansã é mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Iansã. . Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, Yansã está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasceu da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo. A tempestade é o poder manifesto de Yansã, rainha dos raios e das ventanias. . Yansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, sendo a batalha do dia-a-dia, a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio. Dessa forma, passou a ser identificada muito mais com todas as atividades relacionadas ao homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Yansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. O fato de estar relacionada a funções tipicamente masculinas não afasta Yansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa e ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Yansã teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se Orixá. Assim, Yansã tornou-se mulher de quase todos os Orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Yansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos. . O temperamento de Yansã como Orixá costuma ser instável, exagerado e até dramático em questões que, não mereceriam tanta atenção e, principalmente tão grande dispêndio de energia. . Ao mesmo tempo em que têm caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis, costuma fascinar os que a cercam. Extrovertida e chocantemente direta. Ciumenta, possessiva, mostra-se muitas vezes incapaz de perdoar qualquer traição. Todas essas características fazem de Iansã a Orixá com mais dificuldade em manter relacionamentos duradouros e é a Orixá que sempre está disposta a destruir tudo com o seu vento forte e arrasador.
Arquétipo Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo. Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum. São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida. Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração – tão ou mais radical ainda que a anterior. O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia. São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo – e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida. Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano. Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição – que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo. Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais. Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador. Resumo Sincretismo: Santa Bárbara Suas cores: vermelho e coral Saudação : Eparrei! Seu dia : Quarta-feira Comida predileta: acarajé, milho temperado com camarão e azeite de dendê. Frutas e verduras: manga rosa, uva vermelha, maçã, cenoura, quiabo. Plantas: espada de Iansã (borda amarela) e bambu. Elemento: fogo e ar Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está identificada. Pedras: rubi, coral, granada.
ORAÇÃO A IANSÃ
Iansã, mãe e senhora dos ventos e tempestades, das horas aflitas e das almas perdidas.
Dona de todas as direções.
Operosa divindade em prol dos desígnios dos filhos caídos sem norte e vontade.
Piedade para nós, criaturas que vivemos à beira das tentações, dos abismos, alheios ao amor do pai Olorum.
Mãe, empresta-nos tua decisão e tua coragem, para o encontro do nosso próprio ser.
Coloco em tuas mãos minhas ações, na luz de tua luz, eu te consagro todos os minutos e horas desse dia, meus trabalhos, minhas preocupações, meus anseios e meus lazeres são teus.
Dai-me hoje a tua luz poderosa, para que eu compreenda todo bem que preciso fazer e tenha força para não ceder ao mal que tenta bater em minha porta.
Que eu consiga ser mais fraterno, mais irmão, mais compreensivo e capaz de perdoar.
Dai-nos um roteiro de esperança e triunfo.
Erradicai a pobreza dos nossos sentimentos, orienta-nos para a verdade dentro do caminho de devoção ao Supremo doador.
Encoraja-nos, Senhora dos Raios, para que nossa própria mente, siga uma só direção: amar a Olorum.
Êparrei Yansã!
Eparrei Oyá Mesolorum. Oyá Onirá Ago mi Axé, Rainha do tempo, Senhora dos raios, Mãe dos ventos, soberana das tempestades. Que a sua força se faça sempre presente em nossas vidas. Cuide de nós, poderosa e imbatível Senhora, afastando os perturbadores, os espíritos maus e ruins. Com a sua espada de cobre nos defenda, abra nossos caminhos e nos proteja contra nossos inimigos, invejosos e opositores. Que estejamos sempre protegidos por nove ventos do lado direito e do lado esquerdo, nove ventos nas costas e na cabeça. Salve sua força e seu poder, grande guerreira do tempo. Que alcancemos nossos objetivos com a sua graça e ajuda. Axé!

 

Oxum
Orixá das águas doces, cachoeiras, grotas, seixos, fontes e rios. Deusa do Rio Dourado de Osogbô,de onde deriva seu nome,este rio está localizado na região da Nigéria. Dona de uma beleza única, vaidosa e amorosa, em seu Abêbé reflete o ouro do sol e a prata da lua e das estrelas faz seus adornos. Ela é tão delicada como o fluxo de um riacho entre as pedras, mas tão poderosa como a cachoeira. Oxum é o amor, a grandeza espiritual e material, Mãe da criação, Yabá da feminilidade. Senhora do Ouro trabalha as águas gerando riquezas e fartura. Suas águas purificadoras banham e alimentam toda a natureza, fazendo com que o verde germine, e alimente todos os seres. Sem ela (água) não há vida. Texto: Palácio da Mamãe Oxum
Oxum foi a segunda mulher de Xangô, Deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza. A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar é a Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura. Oxum mostrou que a menstruação em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino a possibilidade de gerar filhos. Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo a fertilidade irá atuar no campo das idéias despertando a criatividade do ser humano que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o Orixá da riqueza – dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa tudo dá. Tem o título de Yalodê entre os povos Iorubá aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira. Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas até que estas aprendam a falar. É o Orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos Orixás ela se apresenta com características específicas que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O Orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Seu maior desejo é ser amada o que a faz correr grandes riscos assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras este Orixá é tanto uma brava guerreira pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos Oxum é, sobretudo a deusa do amor. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada não é por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em Orixá. A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada Oxum é guardada por Orumilá que a cria. Para Oxum então foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês. Começa antes até na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano. Busca a ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra. Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra ensinando feitiços ou revelando presságios. Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois a ela quem formula as perguntas que Exú responde. No Candomblé quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e mágico.
LENDAS DE OXUM Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás Masculinos Logo que todos os Orixás chegaram a terra organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva. Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões e depois de muita insistência Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Yalodê título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade. Como Oxum Criou O Candomblé Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o Orum (o céu) ao Aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao Aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um pássaro sagrado), enfeitaram seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os Orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês. Para alegria dos Orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé. Os Amores De Oxum Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado. Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu. Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do Orixá do amor. Como esposa de Xangô ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada. Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia; - Eu não enxergo nada, cadê meus búzios? Oxum fingindo preocupação, respondia: - Búzios? Quantos são eles? - Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos. - Ah! Achei um, é grande! - É Okanran, me dê ele. - Achei outro, é menorzinho! - É Eta-Ogundá, passa pra cá… E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exú. Conta-nos outra lenda que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação Oxum foi procurar Exú. Exú, muito matreiro falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos passando, lavando e arrumando a casa do mesmo em troca ele a ensinaria. E assim foi feito durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os sete anos Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se a tal ponto que Xangô viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando às terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do Palácio do Rei de Oyó da mais alta torre. Lá estava Oxum triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro procurou a ajuda de Orumilá que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar às mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.
Divindades : Oxum Linha: Mineral Pedra: Ametista, Safira, Quartzo rosa Irradiação: Amor Vela/Cor: Rosa, amarela, Azul claro, dourada Sincretismo: N. S. Conceição, N. S. Aparecida Saudação: Oraaeieu! Ponto de Força: Rios; cachoeira
“Ao atravessar um rio, eu fiquei a imaginar… Onde é que este rio poderia me levar? Cheguei então no mundo da imaginação, Encontrei a cachoeira, onde o rio começava… E lá do céu  um lindo eco se ouvia, Era um cantar suave… Era oxum se banhando ao amanhecer do dia. Ora ie ieu mamãe oxum”.
Oração de Mamãe Oxum
Quando entro na cachoeira minhas lágimas irão rolar, sair o meu pranto para que toda a minha dor Mamãe oxum possa levar.
Leva Mamãe as minhas mágoas, sofrimento, tristezas, angústias e decepções que estão sufocando o meu peito, me faltando o ar.
Na corredeira de suas águas e límpidas, levapara bem longe e transforme em gotas de aouro omeu sofrer em paz.
No meu coração mamãe sele e cicatrize todas as feridas da minha alma. Enegize meu espírito imortal, traga acalanto para meu corpo, abençõe senhora do amor e proteja com seu manto minha coroa divina e meus pensamentos.
Que seu mistério vivo e mineral, Mamãe serena, faça com que eu me torne uma pessoa maos compreensiva, serena, dedicada, pura, esperançosa, alegre e digna de poder recebeer sua misericórdia de amor todos os dias.
Peço que eu possa aprender a te contemplar em sua beleza eterna e doce.
Mamãe, mamãezinha, mãe ed todas as mães renove meus pensamentos, abra as gavetas da minha mente, purificando, perfumando e derramando seu bálsamo sagrado.
Divina mamãe Oxum me torne alegre e que eu tenha prazer em viver.
Que eu possa compreender a dádiva da vida, onde por puro e esplendoroso amor, Pai Olorum me criou em um momento único e especial, como uma pequenina estrelinha de luz e  entregou-me em seus braços supremos de amor.

 


Omulu
Sarava OBALUAIá Seu Omolu ! Ê Obaluaiê ou Omolu (os nomes se referem a fases míticas, onde o mesmo deus seria mais jovem ou mais velho), é o energia que rege as pestes como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de pele. Ele representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparência das coisas estranhas e a relação com elas. Ele também rege as doenças transmissíveis em geral. No aspecto positivo, ele rege a cura, através da morte e do renascimento.
Diz o mito que Obaluiaê é filho de Nanã (a lama primordial de que foram feitas as cabeças – oris- humanas) e Oxalá, tendo nascido cheio de feridas e marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já que Nana seduziu Oxalá mesmo sabendo que lhe era interditado por ser ele o marido de Iemanjá. Ao ver o filho feio e malformado, coberto de varíola, Nanã o abandonou à beira do mar, para que a maré cheia o levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele até que ficasse curado.
No entanto Obaluaiê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas. Não se via de Obaluaiê senão suas pernas e braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças. Assim cresceu Obaluaiê, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.
Um dia, caminhando pelo mundo, sentiu fome e pediu às pessoas de uma aldeia por onde passava que lhe dessem comida e água. Mas as pessoas, assustadas com o homem coberto desde a cabeça com palhas, expulsaram-no da aldeia e não lhe deram nada. Obaluaiê, triste e angustiado saiu do povoado e continuou pelos arredores, observando as pessoas.
Durante este tempo os dias esquentaram, o sol queimou as plantações, as mulheres ficaram estéreis, as crianças cheias de varíola, os homens doentes. Acreditando que o desconhecido coberto de palha amaldiçoara o lugar, imploraram seu perdão e pediram que ele novamente pisasse na terra seca. Ainda com fome e sede, Obaluaiê atendeu ao pedido dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia, fazendo com que todo o mal acabasse. Então homens o alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe muitas homenagens. Foi quando Obaluaiê disse que jamais negassem alimento e água a quem quer fosse, tivesse a aparência que tivesse. E seguiu seu caminho.
Chegando à sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Iansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade E dançou com ele pela noite adentro. A partir deste dia, Obaluaiê e Iansã-Balé se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando desgraças aconteçam aos homens.
Os iorubas acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que é preciso ter consciência do momento em que ele terminou, sabendo recomeçar após um violento sofrimento.
Obaluaiê rege também a força da terra (herdado de sua filiação a Nanã). A umidade dela (por suas adoção por Iemanjá) e as doenças das plantações.
· Numero: 13
· Cor: preto, vermelho e branco · Símbolo: xaxará (um tubo de palha trançada com sementes mágicas e segredos dentro)
· Dia da semana: segunda-feira
· Comida: pipoca
· Saudação: Atotô!
Os filhos de Omolú são pessoas extremamente pessimistas e teimosas que adoram exibir os seus sofrimentos, daqueles que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim.
Deprimidos e depressivos, são capazes de desanimar o mais optimista dos seres; acham que nada pode dar certo, que nada está bom. às vezes, são doces, mas geralmente possuem manias de velho, como a rabugice.
Gostam da ordem, gostam que as coisas saiam da maneira que planearam. Não são do tipo que levam desaforo para casa e se se sentirem ofendidos respondem no acto, não importa a quem. Pensam que só eles sofrem, que ninguém os compreende. Não possuem grandes ambições.
Podem apresentar doenças de pele, marcas no rosto, dores e outros problemas nas pernas. São pessoas sem muito brilho, sem muita beleza. São perversos e adoram irritar as pessoas; são lentos, exigentes e reclamam de tudo.
São reprimidos, amargos e vingativos. É difícil relacionar-se com eles. Parece que os filhos de Omolú são pessoas que possuem muitos defeitos e poucas qualidades, mas eles têm várias, e uma qualidade pode compensar qualquer defeito: são extremamente prestáveis e trabalhadores. São amigos de verdade.
O lado positivo da maioria dos filhos de Omolú supera em muito esse lado autodestrutivo que todos têm uns mais, outros menos, mais tem sim.
São extremamente alegres, perseverantes, pacientes e amorosos, tiram a roupa do corpo para agradar uma pessoa, tratam o dinheiro pelo lado do prazer, da satisfação.
Extremamente fiéis a uma causa. A justiça para os filhos de Omolú não é a dos homens e sim a de Deus (Olorun), super limpos e vaidosos, ao contrário de muitos arquétipos, são na maioria muito bonitos, se não fisicamente, são espiritualmente e ainda tem grande afinidade pela atração que exercem nas pessoas. Tem uma capacidade mental atualizada ao seu tempo, raramente adoecem e quando acontece se recuperam mais rápido ainda.
As pessoas de Omolú têm a tendência da mudança propriamente dita, para qualquer coisa que desejarem, parecem dançar Opanijé o tempo todo, procurando por tudo. Trabalhadores incansáveis, filhos de Omolú numa roça fazem de um tudo, apenas não os magoem nem os tratem com indiferença, ciumentos são capazes de exageros, se sentem incompreendidos e, muitas vezes não sabemos o que lhes causam repentinas depressões.
Filhos do Sol e da Terra de Orixá vivo, os filhos de Omolú são maravilhosamente despretensiosos. Um tanto radicais, podem mudar de opinião de uma hora para outra. Também, céticos em sua fé, intuitivos, andarilhos e aguçados.
O HOMEM DE OMOLU
Para quem gosta de segurança, o filho desse santo é a pedida certa. Companheiro, amigão, solidário e amoroso, procura entendera pessoa amada e dá o melhor de si para fazê-la feliz. Parece mentira que exista alguém assim, mas não se entendermos que este homem é altamente espiritualizado, desligado do lado mesquinho do mundo. Com ele não adianta fazer charme: prefere mulheres objetivas, inteligentes e principalmente românticas como ele. Por ser assim, será muito difícil encontrá-lo em lugares badalados e movimentados. Sério e responsável, não gosta de agitos e comporta-se como um cavalheiro até na intimidade. Precisa, mais do que ser desejado, sentir que é amado e necessário à pessoa com quem se envolveu e pela qual nitrirá um ciúme bastante discreto.
A MULHER DE OMOLU
De temperamento forte, ela não aceitará nunca um companheiro que a queira dominar, precisa encontrar um homem à sua altura. Sua preferência recai sobre os que são altos, fortes, inteligentes e animados no jogo do amor. Discreta, nunca será a primeira a atacar. Vai observar bem, antes de se aproximar de quem está interessada e, quando se apaixonar, deixará transparecer todo o seu ciúme. É aquele tipo de mulher que procurará sempre pixar quem ela flagrou de olho no seu par. Isso porque, quem lhe pertencer, será só dela mesmo e de mais ninguém. Se o parceiro entender isso, terá ao seu lado uma bela figura de mulher, que fará sucesso em festas e reuniões e que, sexualmente, é uma parceira ativa e disposta a inovar sempre nas brincadeiras e jogos de amor.
No Geral:  Convivem melhor com pessoas idosas do que com as mais jovens. Não têm a paciência necessária para suportar arroubos da mocidade. Mesmo os Filhos de Obaluaê com menos idade sempre procuram pessoas mais velhas para conviver. Não gostam de aglomerações, preferem isolamento, utilizando seu tempo em coisas que consideram de maior utilidade. Raramente se abrem a respeito de seus problemas, preferindo “curtir” a mágoa ou a dor sem participar a ninguém. Muito sentimentais e profundamente negativistas.
Que Oxalá nos abençoe sempre Saravá .

 

Mensagem de Umbanda e Anjos..
Para pensar…
Quantas vezes nós pensamos em desistir, deixar de lado, o ideal e os sonhos; Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça; Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir; Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas; Quantas vezes falamos, sem sermos notados; Quantas vezes lutamos por uma causa perdida; Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota; Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair, justamente na hora que precisamos parecer fortes; Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz; E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor; E a gente insiste, Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser; E Deus insiste em nos abençoar, Em nos mostrar o caminho: Aquele mais difícil, mais complicado, mais bonito. E a gente insiste em seguir, por que tem uma missão…… SER FELIZ!
Fique  com os Anjos…

 

2013 está chegando, e espero que com essa chegada todas as dores, todos os medos, tudo de negativo fique em 2012. Que a felicidade, a força e a luz de 0xalá esteja sempre conosco. Que a espada de Pai 0gum nos proteja, Que o machado de Pai Xangô nos livre das injustiças, Que a flecha de Pai 0xóssi nos aponte o caminho certo nos livrando dos inimigos. Que Mãe Iemanjá acalme o coração de todos nós, Que Mãe Iansã nos dê coragem e perseverança, Que Mamãe 0xum nos ampare em seus braços e nos cubra com vosso manto sagrado. Que Pai 0baluaê nos livre da peste, das doenças e das dores. Que Pai 0mulu nos guarde. Que a alegria e a inocência das crianças sempre se faça presente dentro de nós. Que a humildade dos Pretos e Pretas Velhas faça-nos renovar no ano que chega. Que a força da Bahia nos irradie. Que o Povo das Estradas, Seu Boiadeiro e a Corrente Cigana nos abra os caminhos. Que o Povo das Águas, Sereias, Marinheiros, nos purifique. Que Pai 0xalá e o Povo do 0riente ilumine todos os filhos que estão por aí nesse mundo à fora, os filhos que estão perdidos, os que não tem para onde ir, e os que precisam de uma palavra de conforto, um abraço ou até mesmo um Feliz Ano Novo!
A Umbanda é paz, amor e caridade. Espero que em 2013 todos nós abra nosso coração e plante uma sementinha de paz, amor e caridade, para que cada vez mais, isso cresça, cresça e cresça. Axé meus irmãos! Que os Exús, Pomba-Giras e Exús Mirins nos livre da maldade, da negatividade e da escuridão que o mundo ai fora nos mostra. Que o preconceito e o baixa astral seja vencido por nossa força e nossa fé. Saravá!
(Filho-de-Umbanda)

 

Caboclo Rompe-Mato Publicado em 27 de janeiro de 2013 por admin   
Caboclo Rompe-Mato: Descendente das antigas tribos Guaiacurús. É um caboclo chefe de legião, muito cultuado também no catimbó, vale lembrar que é um caboclo que atua com Oxóssi, Ogum e Xangô, ele traz o poder de Xangô juntamente com a capacidade de discernimento da Justiça, o poder de vencer as demandas provenientes dos atuantes da Centelha de Ogum e o dom da cura e capacidade de aconselhar de Oxossi. É um guerreiro que atua na paz, a falange dos Rompe-Matos nunca se apresentarão como caciques, pois todos são áusteros e destemidos guerreiros, isso é uma regra da falange, vale lembrar que não podemos confundir com Ogum Rompe-Mato um falangeiro do orixá, mas o mesmo caboclo atua também nessa linha. O meu é mais presente nas forças de Ogum e Xangô, lembrando que foi um Caboclo Rompe-Mato que curou uma enfermidade séria do cantor Bezerra da Silva e o tirou de certos apuros na favela, aí podemos enxergar a força de Oxossi atuando no caboclo, a cura e o conselho. É um caboclo que também trabalha na linha da esquerda quando preciso, como a grande maioria dos caboclos de Xango. O meu nunca pediu oferendas, em 10 anos de trabalho, não posso opinar sobre, venho de uma doutrina que geralmente oferendas são desnecessárias e somos muito felizes. Algumas vezes pede charuto em sua passagem na Terra!
OXÓSSI – Entrecruzando Linhas
Oi não se mexe na espada de Ogum Oi não se mexe na machada de Xangô Oi não se mexe, nas flechas de Oxossi Que lá na mata é Rei é caçador Oi não se mexe, nas flechas de Oxossi Que lá na mata é Rei é caçador
OXÓSSI – Caboclo Rompe Mato
No centro da mata eu vi, dois nomes gravados num toco de pau No centro da mata eu vi, dois nomes gravados num toco de pau
De um lado Seu Rompe Mato, de outro Seu Cobra Coral De um lado Seu Rompe Mato, de outro Seu Cobra Coral
No centro da mata virgem eu vi, Seu Rompe Mato falava na língua do Guarany No centro da mata virgem eu vi, Seu Rompe Mato falava na língua do Guarany
OXÓSSI – Caboclo Rompe Mato
Vermelho é a cor do sangue de meu Pai, e verde é a cor da mata Vermelho é a cor do sangue de meu Pai, e verde é a cor da mata
Oi sarava Seu Rompe Mato na Jurema, oi sarava, a banda que ele mora Oi sarava Seu Rompe Mato na Jurema, oi sarava, a banda que ele mora

 

OGUM ROMPE MATO
Ogum Rompe-Mato,  atua na linha de Oxóssi e Xangô, vibra nas três energias, assim como o caboclo. O meu nunca pediu oferendas e já vi outro Ogum Rompe-Mato fumar, mas em minha casa, os falangeiros do orixá não fumam ou bebem. É um Ogum que atua nas matas e pelo qual tenho muito carinho, é um grande companheiro e amigo, tenho muito orgulho de tê-lo por ser tb uma qualidade de Ogum cada dia menos presente na linha dos filhos, ainda não consigo te dizer o porque, mas estou batalhando para saber. Vem na forma de um caboclo mesmo, dando brados altos, secos e curtos, com as duas mãos fechadas entre-cruzadas, alguns vem com uma mão aberta outra fechada, depende com quem está cruzado. Já vi Ogum Rompe-Mato dançar, o que não é o caso do meu. Como é uma entidade rara hj em dia, raramente incorpora e poucos filhos a tem, fica mais difícil colher algumas informações. Ogum Rompe Mato Que cavaleiro é aquele, que vem cavalgando… Sob um céu azul? É seu Ogum Rompe Mato, quem vem saravá O Cruzeiro do Sul. E e e , e e á, e e e Rompe Mato pisa na Umbanda. ___________________ A sua mata é longe, uma estrela brilhou. Mas seus filhos de Umbanda já lhe procurou, Oi já lhe procurou…, Quem vê seu Rompe Mato de Umbanda, Que até agora ainda não chegou, ainda não chegou.
Extraído do Forum de Umbanda In Fórum
Ogum Rompemato
Quem cruza a espada e a lança a a. lá a a nas matas da Jurema a a
Quem cruza a espada e a lança a a. lá a a nas matas da Jurema a a
Ele é Rompemato Ogum … Ele é Rompemato Ogum …
Seu Rompemato tambem é seu Tira Teima. Seu Rompemato tambem é seu Tira Teima.
Caboclo Rompemato
Oxocê mora na raiz da gameleira na Raiz da Gameleira Salve Rompemato Salve Arranca Toco e Salve o Tira Teima
Ele é caboclo de qualquer maneira afirma o seu ponto sem medo errar ai não me toque folhas da jurema sem ordem suprema de pai oxalá.
ai não me toque folhas da jurema sem ordem suprema de pai oxalá

 

    historia bonita! Então que venha a alegria!!! Eu fui consultar um Babalaô, em busca da felicidade. Ele me disse para ir até a encruzilhada, que lá eu encontraria o Senhor da Alegria. Fiz minha oferenda, coloquei minha roupa branca e comecei minha jornada. Conheci Exú lá na encruzilhada, rodando com suas cabaças a balançar, e dando uma boa gargalhada. Perguntei se ele sabia onde morava a felicidade, Exú, então, me mandou seguir a estrada, que …lá eu encontraria o Senhor dos Caminhos, que poderia me ajudar. Fui seguindo a estrada, na beira da mata. E no meio dela com sua espada e escudo, apareceu Ogum. Ele me disse que eu iria encontrar o que eu estava procurando se eu seguisse pela mata fechada e procurasse por Oxóssi. Entrei na mata, e já estava quase desistindo de achar Oxóssi, de tanto que já havia andado. E então, apareceu um Faisão na minha frente. Era, sem dúvidas, o mais belo animal que eu já havia visto. O belo animal, então, se transformou em um grande e forte negro. Era Oxóssi. Ele me mandou ir até mais fundo da floresta, procurar por Ossayn. Achei Ossayn, que me mandou ir procurar Obaluaye e Oyá no cemitério. Obaluaye e Oyá me mandaram ir para as montanhas, procurar por Xangô. Chegando às montanhas, fui guiado pelo rei de Oyó até os rios, onde, segundo ele, eu encontraria outros 5 Orixás que podiam me ajudar. Chegando às águas doces, encontrei Obá no rio, Oxum na cachoeira, Logun-Edé na beira da lagoa, Oxumarê no céu, e encontrei Yewá no Sol. Eles me mandaram ir procurar pela maior e mais velha árvore na floresta. Lá fui eu novamente, entrar na floresta, dessa vez à procura de Iroko. Me deparei, então, com a árvore mais frondosa de todas. Iroko me mandou ir para a praia, procurar por Iemanjá. Ele me disse que, por mais cansado que eu estivesse, minha jornada estava acabando. Caminhei e caminhei, até chegar na beira do mar. Junto com as ondas graciosas e bravas do mar, veio Iemanjá. A bela moça me mandou ir até o pântano e procurar pela anciã que vestia roxo. Fui até o pântano, onde Nanã veio me acolher. Ela me disse para ir até o reino de Ifé, que ficava depois dos campos brancos de Oxaguiã. Saí do pântano, e estava passando pelos campos de Oxaguiã, quando ele surgiu em minha frente. Sua altivez e bravura me assustou, mas ele disse-me que não havia nada a temer, e que ele me guiaria até o que eu estava procurando. Junto com Oxaguiã, fui indo até o reino de Ifé. Chegando ao portão daquele grande reino, Oxaguiã me mandou ir até os jardins mais belos do reino, que eu seria guiado por Ibeji até o castelo de Oxalufã. Fui andando pelas ruas do reino, e o que vi me deixou encantado. Pessoas vivendo com prosperidade, amor, saúde, harmonia e muita felicidade. Chegando nos jardins do reino, dois meninos vieram me recepcionar. Antes que eu pudesse desviar, um pedaço de bolo me atingiu bem no rosto. Depois de me limpar, os meninos me conduziram até o castelo de Oxalá. O velho senhor estava sentado em uma cadeira branca, rodeado por todos os Orixás pelos quais eu havia passado. Eu fiquei tão irritado com eles que comecei a gritar: - Se vocês já estão aqui, por que não me trouxeram direto para cá? Por que me fizeram andar tanto, me cansar tanto se podiam me trazer aqui tão rápido? Exú, de prontidão, me respondeu: - Ora, e quem disse que sua vida seria fácil? Você acha que, só por sermos Orixás, podemos dar tudo de bandeja para ti? – Exú soltou uma gargalhada. - Não fale assim com ele, Bará. – Disse a bela Oxum – Ele é apenas um Ser Humano. Eles todos tem mania de querer que as coisas caiam do céu. Pobres homens. Sempre querendo ser mimados por nós, que temos condições de ajudá-los. Com a ajuda de seu Opaxoro, Oxalufã se levantou e me disse: - Você, meu filho, andou por todo o tipo de lugar. Enfrentou o Sol com Yewá, a mata com Odé, os mortos com Obaluaye e Oyá, as altas montanhas com Xangô e a chuva com Nanã. E tudo isso em busca da felicidade. Parabéns! Vou lhe mostrar a felicidade que tanto almeja. Aproxime-se, por favor. Me aproximei daquele velho e franzino senhor, vestido todo de branco. Assim que me aproximei o suficiente, Oxalufã ergueu seu cajado e disse: - A felicidade que você tanto quer esteve contigo o tempo todo, meu filho. – Oxalá apontou seu Opaxoro para o lado esquerdo de meu peito e disse: – Aqui. - Sempre contigo!

 

A “Saída” dos Orixás
Então chegou o momento que Olorun determinou que os seus filhos e filhas Orixás iniciassem a saída de sua morada interior e começassem a ocupar sua morada exterior.
A Oxalá coube a primazia, porque ao sair, ele que é o espaço em si mesmo, cria­ria o meio ou o espaço indispensável para que os outros Orixás pudessem se deslocar e dar início à concretização de sua morada exterior com a criação dos mundos que seriam ocupados pelos seres espirituais.
Não foi fácil para nenhum dos Orixás deixar de viver na morada interior, no ín­timo do Divino Criador Olorun.
Para Oxalá foi mais difícil ainda, porque ele, o primogênito, iniciaria a saída. Quan­do se viu diante do portal de saída, virou-se e contemplou mais uma vez o rosto de Olorun que o contemplava com os olhos fixos e sérios, como a dizer-lhe: “Vá em frente, meu filho! Eu sou você por inteiro e você é parte de mim.”
Oxalá olhou cada um dos seus irmãos e irmãs divinos, e dos olhos deles corriam lágrimas.
Ele curvou-se, cruzou o solo divino que ainda pisava, tocou-o com a testa, beijou-o, e dos seus olhos caíram lágrimas que cintilaram ao tocá-lo.
E ali suas lágrimas ficaram incrustadas no solo, como uma marca de sua partida. E, em cima dele muitas outras lágrimas haveriam de ser derramadas pelos outros Orixás, a medida que fossem partindo.
Oxalá levantou e virou-se novamente para o portal. E, já resoluto, avançou por ele com passos firmes mas, a medida que foi saindo, seu corpo explodiu e um clarão ofuscante que se projetou no infinito, clareando em volta da morada exterior do nosso Divino Criador Olorun.
E Oxalá curvou-se após ter dado o primeiro passo e cruzou o espaço à sua frente. Então levantou, já não tão ereto como quando saíra, deu um segundo pas­so e aí se curvou e cruzou o espaço à sua frente pela segunda vez… e quando Oxalá se curvou pela sétima vez e cruzou o es­paço a sua frente, já não conseguiu se levantar senão só um pouco, e ainda assim porque apoiava-se em seu cajado, que é o eixo sustentador do mundo manifestado, denominado paxorô.
Ele voltou-se na direção em que fica­va a sua morada interior e já não a viu, pois o que viu foi o espaço vazio in­fi­nito em sua volta. E ele olhou para toda a sua volta e não viu nada além do espaço vazio.
Então, o peso da sua responsabilidade foi tanto, que ele caiu de joelhos e com a voz embargada emitiu essas frases:
- Pai, por que fez isso comigo se o amo tanto?
- Pai, por que separou-me de você, se me sinto parte do senhor?
- Pai, sem o senhor eu sou o que vejo em minha volta, nada, meu pai amado!
- Por que, meu pai amado?
E Oxalá, de joelhos e apoiado em seu cajado, chorou o mais dolorido pranto já ouvido desde então na mo­rada exterior. E todos os outros Orixás, que es­tavam do lado de dentro da morada interior e o viam a apenas sete passos do portal de saída, emo­cio­naram-se tanto com o pranto dele, que também se ajoelharam e chora­ram o mais sentido dos cho­ros, pois tanto choraram a angústia dele quan­to a que sen­tiam, porque tam­bém teriam que deixar a morada interior.
Olorun, vendo todos os Ori­xás ajoelhados e chorando, ordenou:
- Meu filho Ogun, o espaço já existe na minha morada exterior. Agora é sua vez de levar para ela o seu mistério e abrir os caminhos para que seus irmãos e irmãs possam segui-los em segurança o viven­ciarem os destinos que reservei para cada um. Siga sempre em frente, pois já existe um caminho feito por mim e trilhado por Oxalá. E, ainda após você dar o sétimo pas­so só veja o espaço infinito em sua volta e nada mais, no entanto, onde seu pé direito pousar no seu sétimo passo, ali se iniciará o caminho que o conduzirá até onde ele se encontra agora.
- Meu amado pai Olorun, eu vejo meu amado irmão bem ali, ajoelhado diante do portal de saída dessa sua morada, meu pai!
- Ogun, assim que você der o primeiro passo depois da soleira desse portal você só verá o vasto e infinito espaço vazio, à sua volta. Não titubeie pois só encontrará o caminho que o levará até Oxalá, caso de sete passos resolutos, meu filho.
- Assim diz o meu pai e meu Divino Criador Olorun, assim farei, meu pai ama­do!
E Ogun despediu-se e cruzou o portal de saída. E quando deu o primeiro passo e olhos à sua direita e à sua esquerda e na­da viu além do espaço ainda vazio, mas infinito em todas as direções, um tremor percorreu-lhe o corpo de cima para baixo. Mas ele continuou a caminhar.
E ao dar o sétimo passo com o seu pé direito, Ogun ajoelhou-se e cruzou o espaço vazio diante dos seus pés. E cruzou o espaço acima da sua cabeça; e cruzou o espaço a sua frente; e cruzou o espaço a suas costas; e cruzou o espaço a sua direita; e cruzou o espaço a sua esquerda… e viu seu irmão Exu, que deu uma gar­ga­lha­da e, à guisa de saudação, falou-lhe:
- Ogun, meu irmão! Que bom vê-lo aqui do lado de fora da morada do nosso pai e nosso Divino Cria­dor Olorun! Por que você demorou tanto para sair?
- Exu,é bom revê-lo, meu irmão! O que você faz por aqui?
- O que eu faço por aqui?
- Foi o que lhe perguntei, Exu.
- Eu já ando por aqui há tanto tempo, que eu nem sei a quanto tempo eu ando por aqui, sabe?
- Não sei não. Explique-se, Exu!
- Ogun, lá vem você com seus pedi­dos de explicação de novo!
- Explique-se, está bem?
- Já que você insiste, digo-lhe que é por causa do fator adiantador que gero, sabe?
- Não sei não, Que fator é esse?
- Bom, até onde eu já sei, ele faz com que eu chegue sempre adiantado nos acontecimentos e este é um acon­te­cimento e tanto, não?
- Que é um acontecimento e tanto, disso não tenho dúvidas. Mas, como você chegou aqui, se só Oxalá havia saído?
- Ah, Oxalá passou por aqui mas, como ele estava muito triste e derramando lágrimas, eu achei melhor ir até ele quando ele deixar de derramar lágrimas. Afinal, eu gero o fator hilariador, não o entristecedor, sabe?
- Já estou sabendo… porque Exu ri até sem motivos.
- Ogun, a falta de motivos para se rir é algo hilário, ainda que muitos pensem o contrário. Mas, se irmos atrás dos motivos da falta de risos, aí vemos que é algo tão tolo, que se torna hilário.
- É se Exu está adiantado e diz isso, então você já sabe de algo que logo des­cobrirei, certo?
- Foi o que eu disse, Ogun.
- Então Oxalá não tinha nenhuma ra­zão para sentir-se tão triste e angustiado. É isso, Exu?
- Não mesmo Ogun! Logo logo, isso aqui estará fervilhando, de tantos seres que estão à espera da concretização dos mundos que todos os que ficarem na mo­rada interior desejarão vir para cá. E isto aqui estará tão cheio, que muitos desejarão retornar à ela, sabe?
- Ainda não sei, mas, se você, que chegou aqui antes do espaço existir, e não sei como, está dizendo, então logo saberei.
- E então, para onde você está indo, Ogun meu irmão à minha direita?
- Vou até onde está Oxalá, Exu.
- Posso acompanhá-lo?
- Pode sim, com você ao meu lado esquerdo, creio que não me sentirei tão só, não é mesmo?
- Se é Ogun! Comigo no seu lado esquerdo ninguém nunca se sentirá só.
- Então vamos, Exu. Já vejo o caminho que conduz até Oxalá.
- Você vai seguir os passos dele?
- Vou, Exu.
- Você não quer seguir por uma caminho alternativo que é mais curto?
- Caminho alternativo? Que caminho é esse?
- É um atalho, um desviozinho! Mas leva até ele do mesmo jeito, certo?
- Errado, Exu! Atalhos ou desvio­zinhos podem levar a muitos lugares, mas nunca levarão alguém até Oxalá ou qual­quer outro lugar, pois todos eles levam aos seus domínios, que estão localizados na vazio. Isso sim, é certo!
- Tudo bem que isso é certo. Mas uma passadinha nos meus domínios não faz mal a ninguém, sabe?
- Não sei e não quero saber. Quem quiser que siga seus convites. Vamos?
- Vamos para onde?
- Ao encontro de Oxalá, oras!
- Não, não!
- Por que não?
- Esse caminho que leva a Oxalá é muito reto, é retíssimo mesmo! E Exu só trilha caminhos tortos ou tortuosos, sei lá!
- Até a vista, Exu!
Ogun seguiu o caminho que conduzia até Oxalá. Logo chegou onde ele estava. Após saudá-lo cruzando o solo e o espaço à frente dele, levantou-se e os dois abra­çaram-se.
Então ficaram no aguardo da chegada dos outros Orixás que não demoraram a chegar. E quando passou muito tempo sem mais nenhum outro aparecer, inicia­ram suas funções de poderes criadores na morada exterior do nosso Divino Cria­dor, gerando essas e muitas outras lendas sobre eles, que contaremos em outro livro.
Texto extraído do livro
“Lendas da Criação – A saga dos Orixás” de Rubens Saraceni, Editora Madras

 

Os dez maiores erros cometidos por médiuns umbandistas Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia que vivem os templos de Umbanda, existem erros que são praticados por alguns pais e filhos-de-santo. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio:
::: Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o ciúme é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter;
::: Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto;
::: Exploração financeira contra filhos da casa e/ou freqüentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus trabalhos. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado;
::: Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;
::: Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;
::: Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa;
::: Omissão de Socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxilio;
::: Ciúmes pelo tratamento dado pelo Sacerdote da casa a um ou outro filho;
::: Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer circunstâncias pelo Sacerdote da casa;
::: Atenção dispensada de forma exagerada, ao Sacerdote da casa, pais/mães-pequenos(as) ou outros da hierarquia;
::: Falta de preparo dos filhos da casa nos ritos da casa;
::: Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente preparado;
::: Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos;
::: Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos filhos da casa;
::: Não transmitir os ensinamentos adquiridos, compartilhá-los com os demais;
::: Agregar filhos apenas para fazer volume;
::: Tratar de forma diferente os filhos ou freqüentadores da casa, pelo poder aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada;
::: Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio;
::: Não respeitar a vida particular do Sacerdote da casa, levando a ele problemas fúteis, fora da casa;
::: Confundir a liberdade dada;
::: Confundir Umbanda com Nação Nagô, Batuque, Catimbó, Juremada;
::: Candomblé, etc, etc, etc… Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valha-se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos demais;
::: Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais importante que as outras entidades que trabalham na casa;
::: Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium e à casa;
::: Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o consulente, usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões pessoais;
::: Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que está incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a trabalhar;
::: Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para que todos tenham o que merecem;
Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A Umbanda não se utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando sangue que se alcança a graça divina, pois nós não temos o direito de tirar a vida de quem quer que seja.
Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado.
Adornos – estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios, visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas.
Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o templo, você está adentrando uma casa santa. Deve, então, livrar-se de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais. Roupas insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário.
Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade chamar as entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem a quiumbas ou afins sem saber.
É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham consciência que a preparação para os trabalhos começam à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por desestabilizar o equilíbrio da casa.
Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual para atingir a própria evolução e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em sua evolução espiritual.
O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um.
As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual, normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos.
Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na incorporação ou desincorporação, muitas vezes somente para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção do Sacerdote da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma entidade que chega ao templo para trabalhar é normalmente uma entidade com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente durante sua desincorporação.
Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com sofrimento deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque.
É comum encontrarmos nos templos médiuns de outras casas ou até mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa. Acontece em muitos templos em que os capitães, mostrando absoluta falta de conhecimento e discernimento, mandarem estas entidades “subir”. Notem que, se uma entidade passou pelo Sr. Tranca-Ruas, por todos os Exús que guardam a casa durante os trabalhos e por todos os Oguns que ali estão rondando para a proteção da casa é muito provável que esta entidade tenha permissão para adentrar o templo (por algum motivo). Interessante é o fato de alguns capitães de templo mostrarem que possuem um conhecimento maior que as entidades que ali estão trabalhando. É preciso tomar muito cuidado com a autoridade dentro de um templo.
Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca desrespeito. Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as entidades já sabem que devem deixar o recinto e desincorporar. Normalmente o que segura as entidades nos trabalhos são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário que a(s) entidade(s) fique(m) no templo para terminar de equilibrar o ambiente e os médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem ali. Srs. capitães, muito cuidado com a autoridade para com as entidades e para com os filhos da casa. Um capitão de templo é aquele que detém bom conhecimento espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade.
Fonte: Umbanda Sagrada

 

nossos irmãos africanos
Os Pretos Velhos são os espíritos dos nossos irmãos africanos trazidos ao Brasil na época da colonização, período em que a raça negra foi escravizada pelo colonizador português em nosso Pais. Os negros foram ainda escravizados por outras nações em outras partes do mundo, como exemplo; os Espanhóis que também os escravizaram na colonização da América Central e os Ingleses que os escravizaram na época da colonização da América do Norte.
Com nossos irmãos africanos aprendemos lições (muito difíceis de praticar) de perdão sem limites e amor ao próximo, de forma, que nenhuma outra entidade com a qual tivemos contato conseguiu transmitir. Na Umbanda apresentam-se como espíritos muito simples e extremamente bondosos, são sempre muito pacientes em tudo o que fazem e ensinam.
Normalmente desencarnaram em idades avançadas, por esse motivo apresentam-se nos templos, arqueando o corpo do médium, transmitindo a impressão de alguém com muita idade.
No desenvolvimento de seus trabalhos que são sempre muito sérios, ouvem mazelas e sofrimentos de toda espécie, transformando o desenvolvimento de seus trabalhos em verdadeiras sessões de psicanálise, ocasião em que sempre trazem o conforto e a paz de espírito a todos que os procuram. Trabalham sentados em banquinhos ou em pé, usam cachimbos, charutos ou cigarros de palha em suas defumações.
Quando encarnados nas senzalas eram praticantes e grandes conhecedores dos processos da velha magia africana, inclusive a negativa. Hoje utilizam esses conhecimentos para desmanchar feitiços e macumbas tenebrosas.
Chegaram ao Brasil acorrentados em navios conhecidos como negreiros ou tumbeiros. A falta de higiene, os maus tratos e as doenças faziam com que muitos morressem durante a viagem, daí o nome tumbeiro também usado para navio negreiro. Quando chegavam ao Brasil eram vendidos como animais em leilões públicos e em seguida espalhados pelo Brasil. Aqueles que os compravam, procuravam fazê-lo em lotes de diferentes nacionalidades, costumes e idiomas, com o objetivo de dificultar a confraternização e as fugas.
Espalhados pelo Brasil, fundaram em conjunto ou não com os nossos índios vários cultos, dando origem ao Candomblé na Bahia, ao Catimbó no nordeste, O Xangô em Pernambuco e o Batuque no Rio Grande do Sul e outros cultos menores e muito raros como o Omolocô e o Tambor de Minas.
Na Umbanda essas nações formaram a conhecida linha dos Pretos Velhos, por espíritos desencarnados na época da escravidão. Seus trabalhos sempre muito simples atingem psicologicamente os adeptos da religião, ocasião em que seus consulentes descarregam mágoas, aborrecimentos, dores, neuroses, conflitos, etc.
São grandes conselheiros, são espíritos missionários, depuraram-se no cativeiro, presos aos grilhões e sob a tortura e o peso da chibata. Perdoaram aqueles que os escravizaram, resgataram suas dividas kármicas e hoje nos ensinam a ter fé em Deus, praticar os ensinamentos do Evangelho de Jesus e a ter confiança no futuro.
MINHAS HOMENAGENS AO POVO DE ARUANDA. SARAVA! SALVE! SARAVA! SALVE TODO POVO DE ARUANDA! SALVE A FALANGE DOS PRETOS VELHOS! OXALÁ DERRAME SOBRE ESTE POVO AS SUAS BENÇÃOS! SALVE 13 DE MAIO! NEM TODO BRANCO É BRANCO, NEM TODO PRETO É PRETO E NEM TODO VELHO É VELHO! ESTA É A VERDADE DA UMBANDA, LEIAM E PENSEM; LEVEI 40 ANOS PARA SABER SOBRE ESTE SINCRETISMO, HÁ SIM MUITA SABEDORIA!
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS E INSTRUÍ-VOS ESTE FOI O MANDAMENTO DO NOSSO MESTRE JESUS .
ORAÇÃO DOS PRETOS VELHOS “Senhor, Nosso Pai, que sois o Poder, a Bondade, a Misericórdia, olhai por aqueles que acreditam em Vós e esperam por vossa bondade, poder e misericórdia. Dá Pai, aos que vacilam ao Vosso Poder, na Vossa Misericórdia e Bondade, a clareza de pensamento e abri-lhes, Senhor, os olhos para que pratiquem sempre o bem, a caridade para com os outros dentro da humildade de Vossa Sabedoria, reconhecendo assim a Vossa Existência, Poder e Misericórdia, bem assim, o Vosso Reino. Senhor, perdoa aqueles que a escuridão ainda não deixou ver os erros cometidos na sua passagem terrena. Dá, Senhor, a eles que sofrem a luz de Seu imenso Amor e da Sua Sabedoria. Que a sua luz nos ilumine neste mundo e em outros que ainda desconhecemos, e em todos os lugares por onde passarmos nos proteja. Oh ! Meu Pai Santíssimo !! A nós pecadores, aceita o nosso arrependimento dos erros que temos cometido. Pai, pela sua sagrada bondade e paixão, consenti que caminhe até vós pelo caminho da perfeição. Dá Senhor, orientação perfeita no caminho da virtude, único caminho pelo qual devemos trilhar. Misericórdia aos nossos inimigos. Perdão a todos os nossos erros, e que Vossa Bondade não nos falte hoje e sempre… Amém”. GRAÇAS A DEUS!

 

* História do Caboclo Pena Branca *
Nasceu em aproximadamente 1425, na região central do Brasil, hoje, entre Brasília e Goiás, onde seu pai era o Cacique da tribo. Era o filho mais velho de seus pais e desde cedo se mostrou com um diferencial entre os outros índios da mesma tribo, era de uma extraordinária inteligência. Na época não havia o costume de fazer intercâmbios e trocas de alimentos entre tribos, apenas algumas faziam isto, pois havia uma cultura de subsistência, mas o Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhoria de condições das tribos, e por isso assumiu a tarefa de fazer intercâmbios com outras tribos, entre elas a Jê ou Tapuia, e Nuaruaque ou Caríba. Quando fazia uma de suas peregrinações ele conheceu na região do nordeste brasileiro (hoje Bahia), uma índia que viria a ser a sua mulher, chamava-se “Flor da Manhã” a qual foi sempre o seu apoio. Como cacique, foi respeitado pela sua tribo de tupis, assim como por todas as outras tribos e continuou, apesar disso, seu trabalho de itinerante por todo o Brasil na tentativa de fortalecer e unir a cultura indígena. Certo dia Pena Branca estava em cima de um monte na região da atual Bahia, e foi o primeiro a avistar a chegada dos portugueses nas suas naus, com grandes cruzes vermelhas no leme. Esteve presente na 1ª missa realizada no Brasil pelos jesuítas, na figura de Frei Henrique de Coimbra. Desde então procurou ser o porta-voz entre índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daqueles homens brancos que ofereciam objetos, como espelhos e pentes, para agradá-los. Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã com os jesuítas. Teve grande contato com os corsários franceses que conseguiram penetrar (sem o conhecimento dos portugueses) na costa brasileira – muito antes das grandes invasões de 1555 – aprendeu também a falar o francês. Os escambos, comércio de pau-brasil entre índios e portugueses, eram vistos com reservas por Pena Branca, pois ali começaram as épocas de escravidão indígena e a intenção de Pena Branca sempre foi a de progredir culturalmente com a chegada desses novos povos, aos quais ele chamava de amigos. Morre com 104 anos de idade, em 1529, o Cacique Pena Branca, deixando grande saudade em todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor na assistência aos índios brasileiros, junto com outros espíritos, como o Cacique Cobra Coral. Apesar de não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, já que este chegou ao Brasil em meados de 1554, Pena Branca foi um dos espíritos que ajudou este abnegado jesuíta no seu desligamento desencarnatório. Responsável pela proteção da casa de investidas de espíritos das trevas, pela reposição fluídica do NEC, comandando equipes socorristas e agindo nas atividades de passes. Desde a fundação do NEC, o caboclo Pena Branca foi designado por Dr. Romano para assumir essas tarefas, pelo domínio e conhecimento profundos que ele tem sobre manipulação fluídica e sobre os recursos da natureza, sendo grande colaborador de trabalhos de cura. ~~♥♥♥~~ Muitas pessoas acreditam ser o Caboclo Pena Branca um índio que viveu nas florestas, aldeias, etc, mas na verdade estes mesmos índios já cultuavam esta energia, com isto dando referência em seus nomes. Esta energia vital “Pena Branca”, o próprio nome já diz, é proveniente da própria energia vital que está presente no povo de pena, nas aves de pena branca, uma águia, um pombo, uma gaivota e ai vai, dando origem ao nome da falange ” PENA BRANCA”. Cada Caboclo traz a sua patente PENA BRANCA, mas cada um tem seu diferencial que identifica o caboclo, não só sua falange. O mesmo acontece com todos os cablocos, sendo de pena ou não, como por exemplo, caboclo cipó, caboclo samanbaia, caboclo mata virgem, caboclo cobra coral, cabocla iara, etc. Nos próprios nomes indíginas vemos referências aos seres da natureza. ~~♥♥♥~~ “Um grito na mata ecoou foi seu pena branca que chegou(bis) com flexa e seu cocar seu pena branca vem nos ajudar.” ~~♥♥♥~~ “Estava lá na mata estava trabalhando (bis) Seu Pena Branca passou me chamando (bis) É corredor, onde é que mora ele mora nas matas de Nossa Senhora Quando ele vem, ele vem trabalhar É seu Pena Branca, Cacique Guará. “ ~~♥♥♥~~ “Entrei nas matas pra caçar A onça veio ao encontro meu Chamei pelo Caboclo Seu Pena Branca apareceu Com seu arco e sua flecha Seu Pena Branca defendeu Esse filho de Umbanda Que tambem é filho seu Hoje eu não ando mais sozinho Pois tenho o Pai a me acompanhar Caboclo Pena Branca Sempre ao meu lado vai estar.” ~~♥♥♥~~ “Lá no céu eu vi estrela correr e na montanha eu vi pedra rolar vi os caboclos brincando lá na areia quando a sereia começou a cantarolar e no seu canto ela sempre dizia que só queria ter asas pra voar pra ir ao céu buscar a estrela que brilha pra Pena Branca enfeitar o seu gongá.” ~~♥♥♥~~ “Lembrai do Seu Pena Branca, lembrai Lembrai que ele é nosso pai Lembrai do Seu Pena Branca,lembrai Lembrai que ele é nosso pai. Seu Pena Branca, ele vem lá de aruanda, Ele vem trazendo pemba pra salvar filho de Umbanda.” ~~♥♥♥~~ “Seu Pena BrancaGanhou bodoque de ouro Quem lhe deu foi Oxalá lá do alto da serra Os seus filhos ele vem abençoar. “ ~~♥♥♥~~ “foi Oxalá foi quem mandou buscar lá nas terras da Jurema… lá no juremar ele é cabloco ele é chefe de gongá ele é seu Pena Branca que vem lá de aruanda para nos ajudar. ~~♥♥♥~~ “Luz divina da mata virgem veio para me guiar luz divina, essa luz quem mandou foi Oxalá naquela aldeia essa luz se iluminou com o nascimento de um bravo caçador com seu saiote seu bodoque e seu cocar saravá seu Pena Branca mensageiro de Oxalá. “ ~~♥♥♥~~ “Lá nas matas da Jurema Embaixo de um pé de ingá Aonde a lua clareia meus caboclos Eu vi seu Pena Branca passar .” ~~♥♥♥~~ “Ele vem de longe Vem das matas da JUREMA Ele vem de longe Vem das matas da JUREMA Seu Pena Branca É um Caboclo sismado Com sua flecha na mão E seu bodoque do lado .” ~~♥♥♥~~ “Caboclo Pena Branca .. Saravá seu Pena Branca Saravá seu apache Pega flecha e seu bodoque Pra defender filhos de fé Ele vem de Aruanda Trabalhar neste casuá Saravá Seu Pena Branca No terreiro de Oxalá Sua flecha vai certeira Vai pegar no feiticeiro Que fez juras e mandingas Para o filho do terreiro Pega o arco , atira a flecha Que esse bicho é caçador Além de ser castigado Ele é merecedor. “ ~~♥♥♥~~
ORAÇÃO AO CABOCLO PENA BRANCA “QUERIDO E AMADO PENA BRANCA,ESPÍRITO DE LUZ E AMOR.TIRAI DOS MEUS CAMINHOS AQUELES QUE SO PENSAM FAZER O MAL;TORNAI-ME MAIS FORTE A RESISTIR AS TENTAÇÕES DO MUNDO.FAZEI-ME MAIS DÓCIL E MAIS CONCIENTE DA GRAVIDADE DA DOUTRINA QUE ME FOI CONFIADA;NAO DEIXEI QUE ME LIGUE AS COISAS MATERIAIS, POIS ELAS NAO ME LEVARÃO A NADA.QUERIDO PENA BRANCA,OLHAI TAMBÉM PELA MINHA FAMILIA E POR TODOS AQUELES QUE SOFREM EM BUSCA DE AMOR,COMPREENSÃO E DE CARINHO, PARA QUE ELES ENCONTREM EM VOSSA PAZ QUE TANTO PROCURAM.” ~~♥♥♥~~

 

FIRMEZA INTERIOR DO MÉDIUM E qual seria essa firmeza?
A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda.
Mas como se dá essa firmeza?
Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca.
A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado, pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final.
Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.
A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.
A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus.
Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior.
Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas.
Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.
“Glória a Deus nas Alturas!”, “Paz na Terra aos homens de boa vontade”.
do livro:Umbanda Mitos e Realidade

 

LÁGRIMA DE PAI PRETO As sete lágrimas de Pai Preto é uma poesia conhecida que vale recordar AS SETE LÁGRIMAS DE PAI PRETO
Foi uma noite estranha aquela noite queda; estranhas vibrações afins penetravam meu Ser Mental e o faziam ansiado por algo, que pouco a pouco se fazia definir…
Era um quê desconhecido, mas sentia-o, como se estivesse em comunhão com minha alma e externava a sensação de um silencioso pranto…
Quem do mundo Astral emocionava assim um pobre “eu”? Não o soube, até adormecer.., e “sonhar”…
Vi meu “duplo” transportar-se, atraído por cânticos que falavam de Aruanda, Estrela Guia e Zamby; eram as vozes da SENHORA DA LUZ-VELADA, dessa UMBANDA DE TODOS NOS que chamavam seus filhos de fé…
E fui visitando Cabanas e Tendas, onde multidões desfilavam… Mas, surpreso ficava, com aquela “visão” que em cada urna eu “via”, invariavelmente, num canto, pitando, um triste Pai-preto, chorava.
De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque, contei-as… foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e Interroguei-o: fala Pai-preto, diz a teu filho, por que externas assim uma tão visível dor?
E Ele, suave, respondeu: estás vendo essa multidão que entra e sai? As lágrimas contadas, distribuídas estão dentro dela…
A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração, na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber.
Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de “casos” nascentes uns após outro…
E outras mais que distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um seu semelhante. Eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas mazelas, paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem… pobres almas, que das brumas ainda não saíram.
Assim vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e calculistas que não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e procuram se beneficiar dela de qualquer tona. Cuida-se deles, não conhecem a palavra gratidão, negarão amanhã até que conheceram urna casa da Umbanda… Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis; mas se olhares bem seus semblantes, verás escrito em letras claras: creio na tua Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zamby, mas somente se vencerem o “meu caso”, ou me curarem “disso ou daquilo’…
A sexta lágrima eu a dei aos fúteis que andam de Tenda em Tenda ido acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam um interesse diferente, sei bem o que eles buscam.
E a sétima, filho, notaste como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive’ nos “olhos” de todos os Orixás; fiz doação dessa, aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e todos possam vê-los como realmente são… Cego., guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal e qual mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER, porque só visam a exteriorização de seus próprios ‘egos”.
“Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas; observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de “cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm convicção.
Assim, filho meu, foi para esses todos que viste cair, uma a uma, AS SETE LAGRIMAS DE PAI-PRETO! Então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a dizer, Pai-Preto? E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez…
Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que esquecidos pensam que estão… ELES FORMAM A MAIOR DESSAS MULTIDÕES”…
São os humildes, os simples; estão na Umbanda pela Umbanda, na confiança pela razão… SAO OS SEUS FILHOS DE FÉ.
São também os “aparelhos’, trabalhadores, silenciosos, cujas ferramentas se chamam DOM e FÉ, e cujos “salários” de cada noite… são pagos quase sempre com urna só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra : a INGRATIDÃO…

 

Banhos de ervas
Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente. O de descarga é um descarregamento dos fluídos pesados de uma pessoa e deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão feito de forma artesanal e natural. O banho não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para coisas boas e sentimentos nobres, com respiração pausada e a mente tranqüila. Não se deve também deixar que outras pessoas coloquem a mão no seu banho, ou seja, que preparem para você. A cada ato no preparo ele vai ganhando vibrações e energias, que a pessoa pode direcionar de forma positiva para o objetivo quer almeja. Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo. As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas. Para dar um ar mais científico, os usuários da fitoterapia também usam plantas nos banhos para dissolver fluidos desfavoráveis: flores, frutas, especiarias e raízes agem sobre o sistema nervoso, ajudando a equilibrar aspectos emocionais e espirituais. Antes de afirmar que todos estes ensinamentos seculares são apenas coincidências e mesmo que seus resultados são meramente processos de sugestão, vale a pena caprichar no preparo de um banho. A dica é relaxar, chamar os elementais, rezar qualquer oração que seja positiva e que mexa com suas emoções. Depois, é esperar os resultados. Veja as dicas: *No chuveiro, encha uma jarra com água quente, coloque um punhado de ervas, folhas ou pétalas, secas ou frescas, tampe e deixe descansar. No final do banho, despeje o líquido do pescoço para baixo, nas costas, na frente e nas laterais do corpo e, se possível, deixe secar naturalmente. *Na banheira, as plantas devem ser postas direto na água um punhado é o suficiente ou dentro de uma trouxinha de pano, para evitar a volatização. Se a intenção for relaxar, a imersão pode durar vinte minutos. Já para revigorar, permaneça imerso no máximo dez minutos. Exagerar no tempo pode deixar você derrubado. Cada um dos ingredientes dos banhos tem poderes específicos e você pode alterná-las conforme a necessidade: Arruda – As folhas tiram os fluidos negativos do corpo. Guiné – Suas folhas transmitem boas energias, eliminando cansaço e indisposição. Tangerina – O chá das folhas lava as más energias. Pitanga – Um punhado de folhas (no chá ou direto na banheira) ajuda a levantar o astral. Cravo-da-índia – A infusão (21 unidades para 2 litros de água) tem efeito calmante e atrai prosperidade. Canela em pau – Na forma de chá (três unidades para 2 litros de água), aumenta a disposição e o otimismo. Essências perfumadas e óleos essenciais obtidos de flores, folhas e cascas têm propriedades terapêuticas que relaxam e dissolvem energias desfavoráveis. Os aromas também proporcionam bem-estar, despertando lembranças e sensações agradáveis. Flor de laranjeira – Vinte gotas desse óleo essencial em 20 litros de água melhoram o ânimo e ajudam aflorar a energia feminina. Rosa – As pétalas de tons fortes, especialmente o vermelho, harmonizam o corpo e atraem amor. Lavanda ou alfazema – Duas colheres (sobremesa) das flores fervidas em 2 litros de água misturados à água da banheira acalmam e levantam auto.

 


MENSAGEM DO CABOCLO TUPINAMBÁ DAS MATAS ”Procurem ver as coisas como elas sao…nao como gostarias que fossem…olhe com os olhos da alma,para tudo e todos…a ilusao que Permitem envolvervos, tem suas portas abertas exatamente neste ponto em vosso interior…onde Insistem em olhar com os olhos carnais,o que pertence unicamente ao espirito… o que pertence ao espirito? sentimentos…bons ou ruins…vicitudes…o caracter…bom ou ruim….a compreensao de todas as coisas,encontra-se dentro de cada um de vos…e so olhar,de verdade,para dentro de si…vencendo o medo,tendo fe…no Deus de Amor que existe, dentro de toda alma,criada por ELE…a questao de estar adormecidA,toda conciencia cosmica em alguns de vos,em alguns de nossos irmaos,e que faz a grande diferença,pois estes Insistem em viver para o EGO,que nao pertence ao espirito,e sim, as coisas do mundo carnal.Nisto consiste todo mal embaixo do Sol.Saber dicernir entre estes,ajuda-os a nao ferirvos,tanto,com desilusoes …Deixem que os que vivem para os prazeres unicamente do sexo,relacionem-se entre si…suguem-se uns aos outros…Deixem que os que vivem de usuria,de mentiras e enganos,usurpem uns aos outros,enganem uns aos outros e a si mesmos,…Deixem que os que vivem de vaidades superficiais,seduzam-se e encantem,uns aos outros,em absurdos sem fim…Deixem os que cobiçam o que e dos outros,forgem emboscadas,simulem situaçoes,e enlouqueçam,juntos,por acreditarem ser possivel tomar para si,o que nunca lhes pertencerao por direito… Deixem que os que dissimuladamente,acreditam nunca serem descobertos,em suas peles de cordeiros,mascarando lobos incorrigiveis…DEIXEM-OS…Nao os julguem,nao os tente libertar,nao os sigam…Nao compactuem com eles…Com misericordia,abençoem-los,e nao deixem-se envolver…nem compartilheM de suas ilusoes… Sigam sempre o caminho que lhes pertencem…o seu farol,o seu sinalizador,a sua bussula,sejam as que estao registradas e acesas,em sua alma… ”Assim,seu coraçao nao conhecera novamente,a dor do desengano,da desilusao….Assim,fara seu caminhar mais sereno,em cima desta Terra,que mais um pouco,se transformara, acima de toda treva,em um mundo de Regeneraçao e Paz…Que toda luz e bençaO,que concebes como Deus,ou Criador,no mundo superior,esteja covosco…Assim lhes abençoe o Pai Maior,agora,e sempre…” CABOCLO TUPINAMBA DAS MATAS

 

Ditado pelo Caboclo sete estrelas.
Certa vez estava andando por uma região belíssima que eu, mesmo sendo pouco viajado, tinha a plena convicção de que não pertencia a nenhuma localidade terrestre. Não sabia como havia parado ali, só tinha dentro de meu peito um enorme sentimento de gratidão pelo Divino Criador haver me proporcionado a oportunidade de poder estar conhecendo um lugar tão maravilhoso: eu caminhava por uma calçada principal circundada por um verde tão lindo que eu parecia estar respirando, junto com o oxigênio, a própria essência vegetal; e no meio de todo este verde existiam flores coloridas e das mais variadas espécies que me faziam ter a sensação de que caminhava em paralelo a um arco-íris maravilhoso . Olhei bem à minha frente e percebi que aquela calçada conduzia para uma enorme edificação toda colorida de um verde “grama” e que possuía em seu ápice uma estrela de sete pontas ladeada por algumas colunas que possuíam em sua parte superior uma espécie de pirâmide formada de um cristal parecido com mármore totalmente branco. Não sei por que, mas como alguma coisa dizia dentro de mim que eu deveria adentrar aquela estrutura não pensei duas vezes e assim o fiz. Quando iria iniciar minhas observações no interior daquele prédio apareceu um senhor de estatura média, cabelos brancos que denunciavam uma calvície acentuada e fisionomia muito simpática apresentando-se como Hermógenes e dizendo que eu não teria permissão para fazer a descrição interna daquela instituição. Disse, então, a Hermógenes que obedeceria a ele prontamente e lhe perguntei que tipo de instituição era aquela, ao que ele respondeu: - Penso que não seria interessante você catalogar esta instituição em uma só categoria, mas se mesmo assim você desejar posso lhe dizer que essa instituição funciona como um educandário.- Como? - Isto mesmo que você ouviu meu irmão, um educandário. - Mas um educandário é uma instituição de ensino; qual tipo de ensinamento vocês ministram por aqui? - Aulas de reforço. - Como? - Aulas de reforço. - Como assim? - Como funcionam as aulas de reforço nos educandários terrestres? - Bem, elas têm a função de proporcionar ao aluno que não apreendeu de forma satisfatória um determinado conteúdo uma nova oportunidade de assim faze-lo. - E o nosso educandário aqui neste plano de existência também trabalha da mesma forma, a diferença é que os conteúdos ministrados aqui não são os mesmos das cátedras terrestres. Percebendo que eu já não agüentava mais de tanta curiosidade foi que Hermógenes complementou sua fala: - Nosso educandário fornece aulas de reforço para aqueles irmãos que, por um motivo ou outro, esmoreceram na fé. - Então você está me dizendo que ao saírem deste educandário as pessoas levam consigo um renovado sentimento de fé em Deus, é isso? - Não só em Deus, mas também uma renovação expansora do sentimento de fé em si mesmas. - Então este educandário tem como missão fortalecer o sentimento de fé de seus freqüentadores? - Exatamente. - E os freqüentadores deste educandário são espíritos encarnados ou desencarnados? - Nas duas situações. - Sério?!? - Sério. Por que o espanto? - É que mesmo não sabendo como vim parar aqui sinto, de alguma forma, como se esta localidade ficasse muito distante da crosta terrestre. - E suas impressões não estão erradas, mas se um espírito encarnado precisar de um “reforço” não poderá ficar sem um auxilio efetivo apenas pelo fator distância, certo? - Nossa, mas este educandário me parece tão distante da terra! Existem mesmo encarnados que vem aqui para receber estas aulas de reforço? - Claro que sim, ou você acha que está aqui no dia de hoje tão somente como “repórter espiritual”? - Eu me encontro com minha fé esmorecida? - “Conheça a verdade e a verdade vos libertará”, disse uma vez um grande sábio. - Como? - Um outro sábio disse: ” conhece a ti mesmo”. - Mas a minha fé em Deus continua inabalada! - Até concordo, mas e atua fé em si mesmo? - ………………….. - O teu silêncio me diz que concordas comigo, entretanto, você não está aqui para ser acusado de nada, mas para receber o auxilio que o teu merecimento lhe faculte. - E para onde devo me dirigir para receber esta benção divina? - Para o mesmo local onde estão se dirigindo todas as pessoas que você está vendo subir aquelas escadas, ou seja, para o Salão Expansor da Fé Cristalina. - Como? - Um auditório meu irmão. - O senhor poderia me acompanhar, irmão Hermógenes? - É justamente para isto que estou aqui companheiro. Vamos? - Claro. Chegando ao referido auditório procurei assentar-me e pude observar, com certo espanto, que o palestrante da noite tinha o corpo todo banhado por uma tênue luz dourada como se fosse irradiada de dentro para fora, pensei até em fazer um comentário a este respeito com o irmão Hermógenes, mas ao observar que não só ele, mas todos os espectadores encaravam o fato com naturalidade eu, procurando não fazer feio, resolvi silenciar. O auditório estava completamente lotado, com cerca de mil e duzentas “pessoas”, e a palestra já estava para ser iniciada. - Boa noite meus irmãos em Deus-Pai Todo-poderoso, o meu nome é Zacarias e estamos todos aqui esta noite com o objetivo de estudar e nos entronizarmos com o Divino sentido da fé cristalina, entretanto, antes de iniciarmos nossos estudos, gostaria que todos firmassem o pensamento comigo na realização de uma prece: ” Salve divino pai Olorum, causa primária de todas as coisas! Salve divino pai Oxossi, por ter permitido a presença de todos nós, os vossos humanos filhos, neste santuário sagrado em busca do conhecimento divino! Salve divino Pai Oxalá, por ter permitido a congregação de todos nós com o objetivo de, através da aquisição de novos conhecimentos sobre o divino, fortalecemos a nossa fé em Ti e na amada religião de umbanda! Permita Pai supremo e sagrado, que possamos sair daqui renovados e prontos para defendê-lo na prática da nossa amada religião não só com o escudo da fé, mas também com a espada do conhecimento. Faça com que esta espada divina, em nossas mãos, jamais sirva como um instrumento de ataque e sim como de defesa nas nossas lutas do dia-a-dia contra o preconceito e a intolerância religiosa, contra a timidez que temos em professar a nossa amada religião sem temores e sem pudores. Permitas, enfim, que possamos servi-lo dignamente com os instrumentos da fé e do conhecimento onde quer que venhamos a ser solicitados na prática da caridade em busca da evolução de nosso espírito. Que assim seja! “Devo confessar que acompanhei a prece com todo o fervor do meu coração só que de olhos abertos e sinceramente posso dizer que não me arrependo por que a cena que presenciei foi tão linda que não me faz sentir arrependido: a partir do instante que Zacarias começara a sua prece eu pude observar centenas, milhares de bolinhas douradas descerem do alto do auditório e cairem sobre todos os presentes, inclusive sobre mim. O mais interessante é que estas bolinhas ao alcançarem nosso corpo despertavam uma sensação de fé tão forte em Deus e na vida que as lágrimas de gratidão banhavam facilmente os nossos olhos. Na verdade foi uma cena tão linda que jamais poderei apagá-la de dentro de mim!Depois da oração Zacarias iniciou a sua prédica: - Prezados irmãos de fé, estamos reunidos nesta linda noite apenas para que possamos responder uma singela pergunta: a umbanda é uma religião cristã? Um grande murmúrio começou no salão após esta pergunta, mas o irmão Zacarias retomou a fala: - Aqueles que acham que a umbanda é uma religião cristã, por favor, levantem a mão direita!Pode parecer incrível, mas em menos de trinta segundos toda a “platéia” estava com a mão erguida, Zacarias, então, retomou a sua fala: - Lindo, companheiros!! Muito linda esta cena que acabo de presenciar: todos com a mão direita em riste dizendo de forma unânime que vós, por serem umbandistas, também seguis os preceitos do Cristo planetário. Muitos de vocês levantaram as mãos conscientes do porque a umbanda é uma religião cristã, outros inconscientemente, mas isto não é importante, o importante é todos vocês terem a idéia de que a umbanda é cristã. Estamos aqui esta noite para discutirmos esta questão da cristandade da umbanda, para expandirmos nossa visão do Cristo, para expandirmos nossa visão da umbanda, pois da mesma forma que Jesus não é só a umbanda, a umbanda também é Jesus e muito mais. Devo confessar que é ótimo palestrante o irmão Zacarias! Sabe a hora certa de colocar cada vírgula com precisão em sua prédica. Continuamos eu e toda a platéia a escutá-lo: - Muitos dos irmãos aqui presentes sabem que Jesus não é o orixá Oxalá, ou seja, aquele responsável pela irradiação do sentido da fé em toda a criação divina, mas Jesus é um ser fatorado na irradiação de Oxalá, é o Cristo planetário, aquele responsável pela irradiação divina da fé em todo o planeta Terra, mas não em toda criação divina. Sendo assim, Jesus é um irradiador do divino sentido da fé em todas as religiões existentes na terra, até mesmo daquelas que não se dizem cristãs e foi justamente por isso que eu disse que Jesus não é só umbanda, ou seja, Jesus não é um irradiador do sentido da fé apenas na religião de umbanda, mas em todas as religiões do planeta.A umbanda, meus amados irmãos de fé, é cristã por que segue a risca os divinos mandamentos de Jesus: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, Jesus é amor e a umbanda também é amor justamente por praticar este abnegado amor através da caridade. Muitos irmãos de fé ficam receosos de dizerem que são cristãos quando são perguntados em relação a isto pelo fato do umbandista muitas vezes considerar como cristãos somente aqueles que seguem a bíblia, entretanto, como já disse anteriormente, cristão não é aquele que segue a bíblia, mas aquele que segue os preceitos de amor fraterno e incondicional do Cristo. O umbandista só por levantar a bandeira da caridade pode e deve se considerar cristão. Entendam meus amados que a umbanda é uma religião bem recente e que, justamente por este fato, ainda não possui um livro religioso que possa ser considerado como único para todos os irmãos de fé, tais como a própria bíblia ou o alcorão; mas não se enganem por que, a despeito deste fato, a umbanda tem princípios teológicos que são intrínsecos a ela tais como as Sete linhas de umbanda que, por sua vez, justificam o que disse anteriormente no que concerne a relação entre umbanda e Jesus, qual seja, “a umbanda é Jesus e muito mais”, pois vejam meus amados, Jesus é um representante do divino sentido da fé, mas sete são as linhas de umbanda e sete são os sentidos da criação Divina, isso significa dizer que além do sentido da fé, irradiado por Oxalá, a umbanda tem, através da irradiação dos Orixás, mais seis sentidos que são: justiça, lei, conhecimento, evolução, vida e amor.A umbanda é Jesus e muito mais. É Jesus, mas também são os Orixás, os Caboclos, os Preto-velhos, as Crianças, os Exus e Pomba-giras, etc. Este fato não faz da umbanda uma religião melhor e nem pior que as demais, faz dela uma religião que é única, natural, com sua própria teologia e que, justamente pelos fatos expostos, não deve servir de empecilho para que os umbandistas andem entre seus irmãos por paternidade Divina e de outras denominações religiosas, com a cabeça erguida, com orgulho de se dizerem umbandistas e com a sabedoria de se afirmarem também enquanto cristãos. Caminhem com esperança pelo mundo por que Deus é convosco, caminhem em direção a Deus todos os que se sentem injustiçados e o amor de Xangô irá consolá-los, caminhem em direção a Deus todos que se sentem desesperançados que Yemanjá há de gerar vida em abundância em vossas existências. Sejam felizes meus amados e que Deus os abençoe. Quando o irmão Zacarias terminou sua explanação fiquei estupefato ao perceber que todos nós, os expectadores, estávamos irradiando uma luz muito forte na região acima de nossa cabeça, olhei ao lado para Hermógenes e, graças a Deus, ele pôde me responder: - Lembra quando eu lhe disse que este prédio é um educandário com o propósito de fortalecer a fé? - Perfeitamente. - Pois bem, esta luz irradiada pelo chacra coronário de vocês significa que o objetivo de fortalecimento da fé foi alcançado. - Meu Deus, mas que coisa mais linda! - É companheiro, a fé é luz que ilumina a vida de todo espírito que procura desenvolvê-la. - É verdade. - Que Deus abençoe não só a você, mas a todos que aqui estiveram, fazendo com que, de alguma forma, vocês possam sempre orar e vigiar a fim de manter o brilho de vossas coroas do jeito que está e, porque não dizer, aumentá-lo de intensidade ainda mais. Quando Hermógenes acabou de me dizer esta frase nós já estávamos do lado de fora do educandário e foi então que eu perguntei a ele: - Quer dizer que a minha tarefa de hoje está acabada, que eu já vou retornar para o corpo físico? - A tarefa de lustrar cada dia mais o brilho de sua coroa através do exercício da fé raciocinada e da prática da caridade não termina nunca, você me entende meu amigo? - Sim senhor! - Já está na hora, de fato, de você retornar ao corpo físico, mas não vá sem antes dar um abraço neste Caboclo. Procurei aproximar-me dele achando inusitado não só o fato dele me pedir um abraço, mas também por ele ter dito que é um Caboclo e ter me chamado de “amigo” e o questionei em relação a este fato, ao que ele respondeu-me: - Só um amigo oferta um abraço a outro, você não está me reconhecendo? - Desculpe, mas, não senhor. - Não importa. O importante é que nos conhecemos, me dê cá um abraço! Abracei-o com lágrimas nos olhos e agradeci: - Obrigado por tudo irmão Hermógenes!!! - Este Caboclo é que agradece. Vá na força e na luz de Tupã nosso pai e nunca se esqueça de que meu nome pouco importa. - Sim senhor. - Importante é o laço fraterno da amizade. - É verdade! - Meu nome não é importante até mesmo por que aos olhos do Criador eu nada sou. - Que é isso irmão Hermógenes! - Não estou com autocomiseração, estou apenas constatando o fato de que nenhum espírito jamais deve se acomodar na prática da caridade, pois a evolução não cessa nunca. Eu digo que nada sou não como um gesto de atitude humana e pessimista, mas como uma mola propulsora que sempre possa me impulsionar em direção à humildade, a fraternidade e caridade.- Sim senhor. - Como estava dizendo eu, aos olhos do Criador, nada sou, mas quando tenho que ser alguma coisa, então sou como a cor de uma única pena de papagaio. - Como? - Vá na força e na luz de Tupã nosso pai!!! Acordei e não entendi a metáfora, os dias se passaram e nada. Só agora, meus irmãos de fé, no momento em que lhes passo esta mensagem é que tudo ficou claro: O irmão Hermógenes, trabalhador do educandário onde existe o Salão Expansor da Fé Cristalina, é, como ele mesmo disse, da cor de uma única pena de papagaio, ou seja, o irmão Hermógenes é um Senhor Caboclo Pena Verde. Salve o conhecimento!!! Salve a fé!!! Salve os Senhores Caboclos!!! Salve o Sr. Caboclo Pena verde!!

 

O culto umbandista A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização de suas giras, sessões. O chefe do culto no Centro é o Sacerdote (a Bá, ou Iyalorixá, ou a Diretora de culto, ou Mestra, ou a Mãe de Santo – para o Sacerdote feminino; ou o Babá, Babalorixá, os Diretor de culto, o Mestre, ou o Pai de Santo – para o Sacerdote masculino) ] que é quem coordena as sessões/giras e que irá incorporar o guia chefe que comandará a espiritualidade e a materialidade do local dos trabalhos. Normalmente esse guia, que comanda, é um Preto-Velho ou Caboclo (varia de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária). Os templos onde os “comandantes” são Pretos-Velhos seguem a corrente africana e os que têm os Caboclos como “comandantes” seguem a linha indígena. Mas, isso não é regra e pode variar de templo para templo. As pessoas que recebem, incorporam entidades dentro dos terreiros, são ditos médiuns, aparelhos, cavalos ou “burros”. Pessoas que têm o Dom de incorporar os Orixás e Guias. “As entidades” que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre: Falangeiros de Orixás: Xangô, Ogum, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluaê, Oxumaré, entre outros. Guias: Pretos-velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus, Marinheiros e Orientais. Kiumbas, espíritos sem luz: esses, normalmente, são incorporados quando se está fazendo algum descarrego ou quando existe algum obsediado no local. As sessões O culto nos terreiros é dividido em sessões, normalmente de desenvolvimento e de consulta, e essas, são sub-divididas em giras. Os dias da semana que acontecem as sessões variam de Centro para Centro. As sessões de consulta com Pretos-Velhos, onde as pessoas conversam com as entidades, afim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nestas sessões são o passe e o descarrego. No passe, os Pretos-Velhos, rezam a pessoa energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar. O descarrego, é feito com o auxílio de um médium, o qual, irá incorporar o obsessor, ou captar a energia negativa da pessoa. Então, o Preto-Velho faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para a luz ou para um lugar mais adequado no astral inferior; caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode-se pedir a presença de um ou mais Exus para auxiliar o Preto-Velho. Nas sextas-feiras, ocorrem as giras de Caboclos, Boiadeiros, Orixás, Marinheiros, Pretos-Velhos, Crianças e Exus. Nessas giras são feitos os desenvolvimentos dos médiuns do terreiro. Nelas, são cantados os pontos e tocados os atabaques. As giras de Marinheiros e Exus são festivas, e, além de serem feitos os desenvolvimentos dos médiuns, são realizadas consultas com esses guias. Existem terreiros onde, além dos Pretos-Velhos, Marinheiros e Exus, também os Caboclos e Boiadeiros dão consultas e trabalham com o descarrego e a desobsessão. Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária. Normalmente são feitos as segundas-feiras e nas sextas-feiras; não sendo este parâmetro contado como regra.

 

A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.
A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode “explodir”, causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. A solução é o desenvolvimento mediúnico. Sintomas de Mediunidade
Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem. Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta. Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas. Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação. Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando. Medos e fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium. Tipos de Mediunidade
Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:
Intuição: É um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo. Incorporação: É a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral. Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação. Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da. entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou. Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral. Vidência: É o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Clarividência: É o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado. Audição: O médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem. Transporte: É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário. No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve. O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: “Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono”. Desdobramento: É um transporte em que o espírito do médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível. Psicografia: Tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita. Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição. Na psicografia semimecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium. Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida. Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia.

 

O uso do Fumo na Umbanda
O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada na Umbanda. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma. Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados. O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos atuando em benefício daqueles que os procuram com fé. Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros. No fabrico dos charutos (palavra derivada do tâmil churutu), as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração. Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana. Nos trabalhos umbandistas é muito utilizado por Exu Bombogira. A cigarrilha de odor especial, quando utilizada por esta entidade, melhor se ajusta ao descarrego do magiado, por proporcionar-lhe mais tranquilidade. Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros. Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos. Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional “pito” em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco funciona como um defumador individual, próprio, dirigido ao objetivo do Guia, que não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes. Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, “na fumaça está o segredo dos trabalhos da Umbanda”.

 

PRETO VELHO
Os pretos velhos são a força da sabedoria no domínio da magia. São um povo humilde, porém sábios e experientes feiticeiros. São originários do povo da costa, do Congo, de Angola, de Guiné, de Luanda e de Bengala. São um povo muito sofrido, portanto se quisermos conquistar sua admiração e confiança devemos trata-los com muito carinho, pois em sua vida terrena já sofreram muito com a escravidão. Embora pareçam alegres e divertidos em suas manifestações são realmente um povo sofrido.
SEU ACHÉ: 9 ou 13
DIA DA SEMANA: Segunda-feira
DOMÍNIO: dominam o poder da feitiçaria, da magia, da sabedoria, consolam os aflitos, e valorizam o sofrimento humano.
COR: branco, vermelho e preto: povo de Luanda Roxo com azul claro: Povo da costa Branco e preto: povo do Congo, da Guiné e de Bengala Branco e preto e as vezes vermelho: (=roxo) Povo de Angola Roxo: povo de Moçambique
SAUDAÇÃO: Salve Preto Velho! Saravá…!
BEBIDAS: cachaça, cachaça com mel, cachaça com suco de frutas, vinho, café preto
FRUTAS: Praticamente todas, varia de acordo com a entidade
VEGETAIS: aipim, batata, pinhão, feijão, pipoca, saladas, amendoim
VELA: casa linha tem a sua, mas na dúvida sempre se acende branca
OFERENDAS: farofa de lingüiça, mexido de feijão, café preto, sucos de frutas, cachaça, vinhos, ervas(arruda, guiné e alevante), pipocas, palheiro ou cigarro, fósforo, rosários, gostam também de terem um saquinho com tesoura, linha, agulha e pedacinhos de panos para fazerem suas mandingas, fitas brancas, aipim frito, diversas frituras, farofa de carne, farofa de galinha,etc…
CORES DAS GUIAS: nas cores da vibração da linha, rosários, contas de semente de dendê, de lágrimas de Nossa Senhora e outras sementes, búzios, dentes de animais,etc.

 

SINCRETISMO
Palavra originada do grego, significa sistema que consiste em conciliar os princípios de varias doutrinas ou filosofias. A correspondência de Santos Católicos com os Orixás africanos, veio pela única maneira que os negros escravos tinham de escapar dos castigos e perseguições dos seus senhores e de religiosos que tentavam difundir o catolicismo, impondo a crença com as suas representações católicas.
Deste modo, colocavam sobre o Peji dos assentamentos, dos Otás relativos aos Orixás, estampas e imagens dos santos católicos ; de acordo com as explicações que recebiam dos missionários e assim fugiam da ira de seus senhores cultuando os fetiches, as representações dos deuses africanos.
Orixá Santos Católicos Oxalá N.S.Jesus Cristo, N.S. do Bonfim Xangô São Jerônimo, São Pedro Ogun São Sebastião (Bahia), São Jorge (RJ) Oxossi São Sebastião(RJ), São Jorge (Bahia) Obaluaiê São Lazaro, São Roque Oxumare São Bartolomeu Logun edé Santo Expedito Ibeji São Cosme e São Damião Exu Santo Antônio Nanã N.S.Santana Iemanjá N.S. da Glória, N.S. dos Navegantes Oxum N.S.Conceição (RJ), N.S. das Candeias (Bahia) Iansã Santa Bárbara

 

DATAS FESTIVAS UMBANDA
JANEIRO
20 – São Sebastião – Louvação a Oxossi – Festa de Caboclo 21 – Dia Mundial da Religião
FEVEREIRO
02 – Nossa Senhora dos Navegantes – Louvação a Iemanjá 13 – Louvação a Omulu – Início da Quaresma
MARÇO
29 – Sexta-Feira da Paixão – Fechamento de Corpo
ABRIL
23 – São Jorge – Louvação a Ogum
MAIO
13 – Louvação aos Pretos Velhos 30 – Santa Joana D”Arc – Louvação a Obá
JUNHO
13 – Santo Antonio de Pádua – Louvação a Exu 24 – São João Batista – Louvação a Xangô 29 – São Pedro e São Paulo – Louvação a Xangô Aganju
JULHO
25 – São Cristovão 26 – Nossa Senhora Sant”Anna – Louvação a Nanã
AGOSTO
15 – Nossa Senhora da Glória – Louvação a Iemanjá 16 – São Roque – Louvação a Obaluaye 24 – São Bartolomeu – Louvação a Oxumarê
SETEMBRO
05 – Louvação ao Sr. Tranca Rua das Encruzilhadas 27 – São Cosme e São Damião – Louvação a Ibeji 28 – Festa Umbandista 29 – São Miguel Arcanjo – Louvação a Logum Edé 30 – São Jeronimo – Louvação a Xango Agodô (almas)
OUTUBRO
12 – Louvação ao Sr. Tranca Rua das Almas 17 – Louvação ao Sr. Marabô
NOVEMBRO
01 – Todos os Santos – Louvação às Almas 02 – Finados – Louvação a Omulu
DEZEMBRO
04 – Santa Bárbara – Louvação a Iansã 08 – Nossa Senhora da Conceição – Louvação a Oxum e Iemanjá 25 – Louvação a Oxalá 31 – Louvação a Iemanjá – encerramento do ano

 

Defumação Dentro dos terreiros a defumação é o ponto principal, para que se comece uma cessão. A defumação serve para a limpeza do ambiente e dos médiuns para que as entidades de luz possam vir sem negatividades algumas. A defumação é feita com ervas secas e essências, a fumaça é usada para eliminar maus fluidos e afastar espíritos obsessores. Ponto de Defumação Defuma com as ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné (bis) Alecrim, benjoim e alfazema Vamos defumar filhos de fé.

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Ponto de Defumação Nossa senhora, defumou seu bento Filho Ô defumou para cheirar, Eu também vou defumar, a nossa aldeia, Para o mal sair e a felicidade entrar. Ponto de Defumação Povo de Umbanda, Vem ver os irmãos teus Defuma esses filhos, Nas horas de Deus.
Ponto de Defumação Corre gira pai Ogum, Filhos que se defuma Umbanda tem fundamentos é preciso preparar Com incenso e Benjoim alecrim e alfazema Defumar filhos de fé Com as ervas da jurema.

 

    Ponto Cantado
É o conjunto de músicas próprias utilizadas em rituais umbandistas. Servem para os mais diversos fins, como por exemplo, receber uma visita, homenagear uma entidade etc.
Os pontos cantados na Umbanda são as prece e as invocação das falanges, chamando-as ao convívio das suas reuniões que, no momento, se iniciam.
Todas as religiões têm os seus cânticos. Assim, a Umbanda usa os seus pontos cantados, dos quais, entretanto não se deve abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para os trabalhos, sejam de magia, de descarrego ou de desenvolvimento de médiuns. Mas prestem  bem atenção. Não deturpem os pontos com excesso de cantos, muitas vezes impróprios para o momento, pois um ponto mal tirado (cantado), fora do seu âmbito, não produzirá o efeito desejado, prejudicando a aproximação das falanges e até mesmo perturbando o ambiente, pois essas falanges não estão sendo chamadas como deveriam ser. Cantem os seus pontos em harmonia, sem exageros, com cadência própria, porque a harmonia dos sons, é uma das mais importantes partes da magia e dela depende, dentro da Umbanda, a vinda dos guias e protetores espirituais, para darem a luz necessária, na verdadeira construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces em forma de canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda. Em resumo, nós umbandistas, utilizamos os pontos cantados para entrar-mos em sintonia com as forças do astral. Em outras palavras, através dos pontos cantados, conseguimos buscar as forças espirituais das entidades, para atuarem diretamente sobre os trabalhos que estão sendo realizados..
Para entoar as melodias dos pontos cantados, são formadas as curimbas nos terreiros de Umbanda. A curimba geralmente é composta de: Ogãs Curimbeiros (somente canto), Ogãs Atabaqueiros (somente percussão) e Ogãs Curimbeiros e Atabaqueiros (canta e toca percussão).
A curimba de um terreiro, exerce uma função de suma importância e, em razão disso, deve desenvolver um trabalho altamente sério e bem intencionado, pois todo o andamento dos trabalhos (gira), é ligado diretamente a curimba.
Vale também lembrar, que a palavra “Ogã”, é de origem Yorubá, que significa em nossa língua “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande honra e importância, para quem dela participa diretamente.
É obrigação de todo Ogã, conhecer os diversos ritmos dos pontos e o momento certo de cantá-los. Devem também,  saber o nome de todas as entidades espirituais que trabalham em seu terreiro, saber distinguir rapidamente uma entidade de outra, e  saber sempre, na ponta da língua, todas as saudações destinadas aos guias, protetores e orixás, da nossa querida Umbanda.
Émuito importante, que o ponto seja cantado de forma correta. Devemos analisar a letra e a melodia , e cantar com muito respeito e emoção, sem gritaria e sem brincadeiras. Afinal, o ponto é uma prece, portanto, vamos cantar com muito amor e devoção.
A curimba é responsável pela preparação do ambiente, tornando-o propício e harmonizado com o plano espiritual.
É costume dizer que a curimba é responsável pela segurança do terreiro, pois é através da firmeza dos responsáveis pela curimba que a gira transcorre normalmente ou pode virar.
Quando falamos em virar a gira, estamos dizendo que, é através do chamado dos ogãs, que as entidades positivas ou negativas atuam diretamente sobre os rituais que estão sendo realizados.
Devemos tocar os instrumentos ritualisticos e não bater de forma desordenas. Deve existir uma harmonia, uma simetria, uma afinação entre os instrumentos de couro, os instrumentos de metal e a voz humana, dentro da curimba.
Os instrumentos devem ser afinados conforme as condições de tempo (temperatura) e espaço físico. Por exemplo: no verão devemos deixar o couro dos atabaques um pouco mais folgados, pois o calor agrupa as moléculas do couro, fazendo com que os mesmo fiquem mais apertados, a medida em que são tocados, coisa que não acontece no inverno, onde o frio faz com que o couro se torne úmido e mole.
Os instrumentos mais comuns dentro do ritual umbandista são os atabaques, em conjunto de três, agogô, afoxé, pandeiro, maracas, triângulo, ganzá, adjá  e o berimbau.
O conjunto dos atabaques são constituídos por três tamanhos diferentes, sendo o menor chamado de rum, o médio chamado de rumpí e o maior chamado de lê.
Nem todos os instrumentos são utilizados nos terreiros e centros, o mais comum é a utilização somente dos atabaques.
As palmas, também estão incorporadas nos rituais umbandistas, pois também é uma forma de comunicação com o plano astral, pois através delas, podemos expressar nossas emoções e a satisfação em ver uma entidade espiritual em terra.
Os pontos cantados são divididos conforme suas caraterísticas, pois cada tipo de ponto serve para um determinado fim. HINOS
São entoados em cerimônias especiais, tais como a comemoração de fundação de um terreiro, formaturas de sacerdotes, apresentações públicas, e em reuniões onde encontram-se várias personalidades civis da Umbanda. ABERTURA
São entoados para dar início aos trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza. ENCERRAMENTO
São utilizados par encerrar os trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza. BATER CABEÇA
Utilizados pelo corpo mediúnico em geral, para fazerem suas saudações aos guias, protetores e orixás, diante do congá. DEFUMAÇÃO
Cantados quando é efetuada a queima das ervas aromáticas, durante o ritual de defumação. CHAMADA
Pontos utilizados para chamar as entidades espirituais, no local onde estão sendo realizados os trabalhos. SUBIDA
São entoados no momento em que, as entidades que estão em terra, estão se preparando para fazerem o retorno ao plano espiritual. DESCARREGO
São cantados para firmar as linhas que irão trabalhar no descarrego, e também, para firmar as falanges que vão atuar na cobertura. VISITA
São apropriados para receber, saudar e despedir-se de um visitante, ou para entrar e sair de um terreiro visitado. SAUDAÇÕES
São melodias usadas para homenagear autoridades, presentes no terreiro, ou em apresentações publicas. POVOS
São utilizados para exaltar os povos (Baianos, Ciganos, Marinheiros, Boiadeiros, Povo da Rua e etc.). São pontos secundários (cruzados) e exclusivos a estas entidades, onde através dos mesmos, fazemos nossas saudações e  agradecimentos. Não existe pontos primitivos para os povos, pois todas essas entidades espirituais, obedecem ao comando de um determinado orixá. PRIMITIVOS
São pontos que citam especificamente um orixá. Nesses pontos entram somente, o nome do orixá, armas, adereços costumes e etc. Não entram nomes de caboclos ou entidades espirituais que trabalham nas respectivas linhas dos orixás, nem o nome de um outro orixá.
Quando os pontos primitivos são utilizados?
Homenagem ao orixá. Obrigações. Quando não se sabe o nome de uma entidade que trabalha na vibração de um determinado orixá.
CRUZADOS
São os pontos que citam mais de um orixá, ou entidades espirituais que trabalham na vibração desse orixá. Nestes pontos é comum o cruzamento do orixá e tudo que diz respeito a ele e aos guias de sua falange.
Quando os pontos cruzados são utilizados?
Para especificar o nome de uma ou mais entidades. Para especificar o nome do orixá e seus guias. Para chamada especifica de uma entidade. Na necessidade de se cruzarem duas ou mais vibrações.
SACRAMENTOS
São cantados em ocasiões especiais, onde são realizadas cerimônias de casamentos, batizados etc.

 

Cumprimentos e Posturas Cumprimentos Bater Cabeça O médium deita-se de barriga pra baixo e toca com a testa no chão em frente ao Gongá, atabaques e Coluna Energética. N nosso caso, batemos cabeça para Iansã (dona da casa) e para o Caboclo Pena Verde (guia chefe da casa). Bate-se a cabeça no chão em sinal de respeito e obediência aos Orixás, pois simboliza que nossa cabeça, que nos comanda e nos rege, está se subordinando ao poder dos Orixás aos quais estamos reverenciando ao tocá-la no chão, sejam os Orixás do Zelador ou do Gongá. Em diversas culturas, sejam ocidentais ou orientais, baixar a cabeça perante alguém ou alguma coisa significa que estamos submissos e obedientes a esta pessoa ou coisa. No candomblé: Dobalé = cumprimento feito por filho de santo cujo orixá (principal) dono da cabeça é masculino. Deita-se de bruços no chão (ao comprido) e toca-se o solo com a parte da frente da cabeça (testa). Iká = cumprimento feito por filho de santo cujo orixá principal é feminino. Deita-se de bruços no chão, toca-se o solo com a cabeça e, simultaneamente com o lado direito e depois com o esquerdo do quadril no chão (na nação Keto, as mulheres não tocam o chão com o ventre). Paó (3 palmas lentas) O Paó (pronuncia = paô) é um gesto que serve como sinal de que se é preciso comunicar alguma coisa, mas não se pode falar. Isso ocorre muito no candomblé quando as iniciandas estão no roncó e não podem falar, daí batem com as palmas das mãos tentando dizer algo, se comunicar por algum motivo. É usado também como saudação para orixá, e, é diferente de orixá para orixá. É uma palavra em yorubá que significa: “pa” = juntar uma coisa com outra; “o” = para cumprimentar… Essa palavra é uma contração de ìpatewó que significa aplauso. É um preceito do candomblé e normalmente não se usa na Umbanda. O paó bate-se 3 vezes assim… 3 + 7 vezes Intervalo 3 + 7 vezes Intervalo 3 + 7 vezes E depois a saudação, por exemplo: palmas paó _ “Laroye Exu …” Utilizado para pedir permissão para entrar, saudar e pedir licença. Bater com as pontas dos dedos, no chão Da mão esquerda, e depois cruzando os dedos com as palmas das mãos voltadas para o solo; Saudando Exu; Da mão direita, fazendo uma cruz e depois fazendo a cruz no peito; Saudando os Pretos Velhos. Da mão direita, depois tocando a fronte (Eledá), o lado direito da cabeça (Otum – 2º Orixá) e a Nuca (os Ancestrais); Saudando os orixás e guias; Da mão direita 3 vezes e depois tocando a fronte, o lado direito da cabeça e a nuca, para saudar Obaluaiê. Cumprimento Ombro-a-Ombro Quando um Guia cumprimenta um consulente ou um assistente com o bater de ombro, isto é sinal de igualdade, de fraternidade e grande amizade. Posturas Se observarmos e analisarmos os rituais das inúmeras religiões existentes, encontraremos neles um sentido comum; o de invocar as Divindades, as Potências Celestes, ou melhor, as Forças Espirituais. O objetivo é sempre o mesmo, a preparação de atração destas forças à corrente religiosa que a pratica. Em qualquer ritual, do mais básico ao mais espiritualizado, é certo que encontraremos atos e práticas que predispõe a criatura a harmonizar-se com o objetivo invocado, isto é, procura-se pô-lo em relação direta, mental com, os deuses, divindades, forças, santos, entidades, etc., e em todos eles, os fenômenos espiritualistas acontecem. Assim para preparar ou elevar o psiquismo de um aparelho e obter-se o equilíbrio da sua mente com os corpos Astral e físico, indispensável se torna que ensinemos à esses ditos aparelhos, determinadas posições necessárias, com o fito de que eles possam harmonizar sua faculdade mediúnica individual, com as vibrações superiores das Entidades que militam na Lei de Umbanda. Repouso vibratório ou isolamento Nesta posição, o corpo de médiuns ou um médium isolada-mente, permanece com as mãos cruzadas à frente. Serve para anular (isolar) os fluídos negativos, as vibrações oriundas de elementares e pertur-bações mentais, que procuram se aderir ao ambiente. Nós a utilizamos durante a defumação, mantendo-nos todos isolados até que todos os médiuns da corrente tenham se defumado. Vênia Esta posição consiste, na posição genuflectora da perna direita, antebraços formando dois ângulos retos, paralelos, mãos com as palmas voltadas para cima e a cabeça semi inclinada para baixo. É a posição da humildade, que acende o fervor religioso e também, a veneração ao Chefe Espiritual dos trabalhos ou Entidade incorporada, para os quais se usa como saudação. Utilizamos ao saudar Oxalá Corrente Vibratória Esta posição é altamente eficaz para precipitar fluídos mediúnicos no Corpo Astral, ao mesmo tempo em que vitaliza, suprindo as deficiências momentâneas de um e de outro, além de servir de descarga. Consiste em todos os médiuns darem as mãos (formando um círculo ou semicírculo), sendo que a mão direita fica espalmada para baixo, sobre a mão esquerda do seu companheiro, espalmada para cima, isto é: a mão direita dando e a esquerda recebendo. Esta posição gera uma precipitação de fluídos, que constitua o ambiente propício ao objetivo da caridade, corrigindo qualquer deficiência, quer mediúnica quer orgânica. É de grande eficiência e utilidade nas sessões de caridade e nas de desenvolvimento. Convém lembrar que, por muitos chamada de Corrente Vibratória, sempre foi usada pelos séculos afora nas diversas escolas e rituais, inclusive pelo Mestre Jesus, que assim procedia quando se punha em harmonia com as potências divinas, e sintonizava sua Mente Espiritual com o PAI. De Joelhos Sim !!! Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento. É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam a genuflexão em seus rituais, exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelhos fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote e dos médiuns, frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar a assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumentos de trabalho dos bons espíritos. Infelizmente, é do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras tantas orgulhosas, vaidosas, “auto-suficientes”, que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas “qualidades” e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência, de aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito e para seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí meus irmãos é que termina a tarefa dos encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda, e assim, dando luz a estas pessoas e reconduzindo-as ao rebanho Divino. Joelhos ao chão sim !!!!

 

Banho de Descarrego
Esta categoria de banho, conhecido também como banho de descarga ou desimpregnação energética é o mais comum e mais conhecido.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todo este egrégora formado por pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e todo a sorte de vírus espirituais que vão se aderindo ao aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando neste egrégora. Se não nos cuidarmos, vamos adquirindo doenças, distúrbios e podemos até sermos obsediados. Há dois tipos de banhos de descarrego : Banho de Sal Grosso; Banho de Descarrego com Ervas.
Banho de Sal Grosso
Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O elemento principal que é o sal grosso, é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Mas não podemos esquecer, que o sal é tão funcional ao ponto de remover toda energia sua, inclusive a positiva.
O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronal e frontal).
O porquê de não poder lavar os chacras superiores, está ligado ao fato de serem estes chacras ligados à coroa da pessoa, tendo que ser muito bem cuidada, já que é o elo de ligação, através da mediunidade, entre a pessoa e o plano astral superior.
Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O melhor é não se enxugar, mas vai de cada um.
Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um outro banho ritualístico, já que além das energias negativas, também descarregou-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada, que só é conseguido com outro tipo de banho.
Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (do tipo todos os dias ou uma vez por semana), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-a muito vulnerável.
Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso. Banho de descarrego com ervas
Este banho é mais complexo e menos conhecido do que o de sal grosso. A função deste banho é a mesma que a do sal grosso, só que tem efeito mais duradouro e conseqüências maiores. Quando uma pessoa está ligada à uma obsessão e larvas astrais estão ligadas a ela, faz-se necessário um tratamento mais eficaz. Determinadas ervas, são naturalmente descarregadoras e sacodem energeticamente a aura de uma pessoa, eliminando grande parte das larvas astrais e miasmas. Algumas ervas que são muito boas para este banho: arruda, guiné, espada de São Jorge, aroeira, folhas de fumo, etc. Banho de Defesa
Este banho serve de manutenção energética dos chacras, impedindo que eles se impregnem de energias nocivas em determinados rituais. Por exemplo, quando vamos realizar alguma oferenda numa cachoeira, é importante que nos “fechemos” para determinadas vibrações que podem estar abundantes num sítio energético, já que além de nós, todo o tipo de pessoa vai até estes lugares para pedidos escusos.
As ervas para estes banhos, podem ser aquelas relacionadas ao próprio Orixá regente da pessoa, ou aquelas que uma entidade receitar. Banho de Energização
Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo do aura. É um banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente em giras de direita, ou mesmo, após uma gira em que o ambiente ficou carregado.
Também, podemos usá-lo regularmente. Um bom e simples banho: pétalas de rosas brancas ou amarelas, alfazema e alecrim.
Banho de Fixação
Este banho é usado para trabalhos ritualísticos e fechados ao público, onde se prestará a trabalhos de magia, iniciação ou consagração. Este banho é realizado apenas por quem é médium e irá realizar um trabalho aprofundado, onde tomará contato mais direto com as entidades elevadas. Este banho “abre” todos os chacras e a percepção mediúnica fica aguçadíssima.
As ervas utilizadas para este tipo de banho estão diretamente relacionadas ao Orixá regente do médium e à entidade atuante. São assim receitados apenas por um verdadeiro chefe de terreiro ou médium-magista ou pela própria entidade.

 

CORRENTE MEDIÚNICA É o conjunto de forças magnéticas que se forma, em dado local, quando indivíduos de pensamentos e objectivos semelhantes se reúnem e vibram em comum. Podemos dizer que é um conjunto de médiuns, tal qual os elos de uma corrente de metal, que se interligam e complementam. Na corrente, cria-se o contacto entre as auras, unem-se os fluídos, harmonizam-se as vibrações individuais, os elos mentais ligam-se entre si e forma-se uma estrutura espiritual da qual cada pessoa é uma parte, uma parte viva, vibrante, operante. Para que uma corrente mediúnica seja coesa e tenha uma boa vibração, os médiuns que dela participam, deverão ter o mesmo pensamento ou sentimento, caso contrário, o elo quebra-se, o trabalho espiritual não desenvolve. às vezes a “carga negativa” é demais para um único médium absorver e se livrar dela. É necessário que se dilua essa carga entre outros médiuns e, nesse caso forma-se uma corrente mediúnica, que pode ser composta por dois médiuns no mínimo ou por uma quantidade infindável deles. As sessões espirituais são compostas por duas correntes: corrente mediúnica e corrente espiritual, que trabalham em harmonia, buscando os mesmos objectivos. à corrente que se estabelece num ritual no plano material, corresponde uma outra formada pelas entidades e, dessa união gera-se uma forte corrente espiritual, de onde todos podem beneficiar. A participação de um médium numa corrente, deverá começar pelo banho de ervas e uma limpeza mental, preparada de bons sentimentos, elevando o pensamento para um plano superior de religiosidade. A formação de uma boa corrente magnética é a condição mais importante para a realização de todo e qualquer trabalho espiritual.
A missão de ser médium é árdua e espinhosa, é difícil, é o caminho das tentações. Médiuns são aqueles espíritos que receberam antes da presente encarnação, determinados ajustes no Organismo Astral e, nas suas concepções morais, que possibilitem ceder a sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda, antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo. A vida não nos pede sacrifícios, nem esforços que não sejam compatíveis com as nossas forças. Compete a todos os médiuns lutarem para melhorar. O desejo de muitos para ser médium é ardente, no entanto, passar pelos caminhos que devem ser trilhados por um instrumento sensível ao bem, poucos suportam. HÁ MUITAS FLORES NA ROSEIRA, MAS OS ESPINHOS SÃO INCONTÁVEIS.

 

Oxum- Rainha das Águas Doces – 8 de Dezembro OXUM: A BELA DEUSA SENSUAL DO AMOR E DA FECUNDIDADE
Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela aiyabá, rainha de todas as riquezas, protetora das crianças, mãe da doçura. Generosa e digna, Oxum (òsun) é a rainha de todos os rios. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê (Yyálóòde). É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. Recebe oferendas Omolocum e objetos de cobre, latão e principalmente jóias.
Nessa cidade todo mundo é d’Oxum Homem, menino, menina, mulher Toda cidade irradia magia Presente na água doce Presente n’água salgada E toda cidade brilha Presente na água doce Presente n’água salgada E toda cidade brilha Seja tenente ou filho de pescador Ou importante desembargador Se der presente é tudo uma coisa só A força que mora n’água Não faz distinção de cor E toda cidade é d’Oxum A força que mora n’água Não faz distinção de cor E toda cidade é d’Oxum É d’Oxum, é d’Oxum É d’Oxum (Ia aguibá, ia aguibá, aguibá Ia Oxum aura olu, olu, olu Olu adupé, aguibá Oxum aurá Olu, olu adupé, adupé) (Gerônimo)
Ritual Conecte-se à fluidez e à limpidez da água, à luz da Lua e das estrelas, ao poder do amor. Para homenagear a deusa Oxum, tome um banho de cachoeira, se vista de amarelo em todas as suas nuances e ofereça-lhe flores, um espelho, um leque, um pente, pulseiras douradas e mel. Invoque as bênçãos da deusa com a saudação “Eri Yéyè O, visualizando essa linda deusa afastando, com o seu leque (abebé) e com tilintar de suas pulseiras douradas, os empecilhos e azares de sua vida afeita e financeira. Peça-lhe que aumente sua graciosidade e seu poder de sedução.
Oxum é água que aparta a morte Oxum melhora a cabeça ruim A Yéyé orarei Bendita onda Que inunda a casa do traidor. (Roberto Mendes)
Aláadé òsun, òsun mi yèyé ó

 

YANSA – A RAINHA GUERREIRA
HOJE 4 DEZEMBRO é dia desta linda Yabá, do panteão africano.
Deusa guerreira, divindade dos ventos, das tempestades, dos raios e dos redemoinhos. Mulher de sexualidade intensa e assumida.
As filhas de Iansã são mulheres audaciosas, poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa e determinação. São mulheres que nunca passam despercebidas, pois são combativas, teimosas e temperamentais, mas também podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem. A mulher-Iansã é o tipo de mulher que está mais voltada para o amor sensual do que para o amor maternal. Ama os filhos, mas consegue maior expressão quando se sente admirada e desejada por um homem, o que geralmente provoca o ciúme e a inveja das outras mulheres. Características Positivas: Pessoas prestativas e trabalhadeiras, comunicativas, sensíveis e reservadas, ao mesmo tempo falantes e amigas. Perseverantes, otimistas, despachadas, categóricas, sabem o que querem. São dotadas de muita imaginação, decisões rápidas e audaciosas. Charmosas e atraentes. Características Negativas: São vingativas, difíceis de perdoar e se aborrecem facilmente. Chantagistas, mentirosas e gostam de intrigas. Extremamente agitadas e confusas. Atrás da meiguice se esconde um forte veneno .
No sincretismo católico Yansã/Oyá é Santa Bárbara
Oração a Santa Bárbara
Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.
RITUAIS PARA OYÁ
Quando presenciar uma tempestade, saúde Oyá, visualizando-a envolta nos raios e adornada com chifres de búfalo. Sinto o seu vento limpando a raiva e a negatividade de sua vida, invocando seu fogo para poder lutas e alcançar seus objetivos, com a saudação “Epa Heyi Oya”. Ofereça-lhe, depois acarajés, maças caramelizadas e uma vela vermelha.
Esta linda Yabá sempre vem em defesa de seus filhos!!
Epa Heyi Oya!!

 

O ponto riscado é assinatura do Guia, onde podemos identificar toda a linhagem da Entidade e seu campo de atuação. Quando o médium risca um ponto irradiado por uma entidade, está mobilizando a falange que com ela trabalha, direcionando a energia mobilizada para o objetivo desejado. Sendo assim, toda entidade possui a sua identificação genérica e diversos outros pontos de firmeza para suas mandingas e mirongas, o primeiro pode ser mostrado sem maiores restrições, como costumeiramente vemos, pois trata-se de sua identificação pessoal, já os outros pontos são de uma forma geral mais restritos e utilizados somente nas ocasiões que se façam necessários. Os pontos riscados são traçados geralmente com um giz de calcário, conhecido como Pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita sagrada também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.

 

Hojé é dia de Ogum!! O Senhor dos Caminhos…
Hoje é dia de São Jorge!! Na Umbanda e Candomblé ele é Ogum. Conhecedor dos caminhos, por isso nunca se perde e ajuda as pessoas quando corretamente evocado. É o deus do ferro e do aço, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal. Força da natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes. Considerado como um orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude. Senhor Deus da Guerra, seu nome, significa luta, batalha, briga. Os lugares consagrados a Ogum ficam ao ar livre, na entrada das casas e terreiros. Seus assentamentos geralmente são pedras em forma de bigorna junto às árvores. Ogum é representado também por franjas de palmeira ou dendezeiro desfiadas chamadas mariwo que penduradas nas portas ou janelas, representam proteção, cortando as más influências e protegendo contra pessoas indesejáveis. Ogum nunca deixa um filho seu sem resposta.
É um grande Orixá protetor dos militares e dos ferreiros. Senhor deus da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos.
Seu dia…………terça-feira Sua cor………………verde ou azulão Sua fruta………….manga-espada Seus símbolos……..espada e coroa Seu mineral………diamante Seus elementos……….ferro, bronze Saudação……….ògun ieé!! Pata kori Ogun Domínios:………… caminhos, profundezas da terra, jazidas de ferro, praias, etc. Oferendas:……..feijoada, vatapá, inhame com feijão preto, farofa de carne de frango desfiada, etc.
Tipo psicológico Guerreiro, fiel, astuto, combativo, indecifrável, solitário, manhoso, difícil de ser tratado, rancoroso, não perdoa jamais, fiel e atencioso, misógeno, agitado, instável, persuasivo, resignado, não sabe pedir desculpas, obstinado, responsável, simpático, cortes e afável, o grande amante, sexualmente potente.
Ritual Para Ogum Acenda uma vela a este orixá pedindo a abertura de seus caminhos financeiros, amorosos e profissionais.
Que este grande guerreiro seja a sua defesa e proteção.!!! ògún ieé!

 

    Lenda de Yemanjá
segundo o Candomblé
Yemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás. Um deles foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris, “aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos. Cansada da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.” Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia. Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você, com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada.   Certa vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.” Em sua fuga, Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum. Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher. Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda. Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos. Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por onde passar. Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio. Ouviu-se então: “Kakara rá rá rá” … Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em duas e, “suichchchch” … Yemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.
 
Características dos filhos de Yemanjá
São imponentes, majestosos e belos, calmos, sensuais, fecundos, cheios de dignidade e dotados de irresistível fascínio (o canto da sereia). São voluntariosos, fortes, rigorosos, protectores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justos mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Eles têm tendência à vida sumptuosa, mesmo se as possibilidades do quotidiano não lhes permitem um tal fausto.
As filhas de Yemonjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (Omulu). Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São possessivas e muito ciumentas.
São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus. São pessoas fortes, rigorosas e decididas. Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte. Põe à prova as suas amizades, que tratam com um carinho maternal, mas são incapazes de guardar um segredo, por isso não merecem total confiança. Elas costumam exagerar nas suas verdades (para não dizer que mentem) e fazem uso de chantagens emocionais e afectivas. São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantêm com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.
Nas grandes famílias há sempre um filho de Yemonjá, pronto a envolver-se com os problemas de todos, pois gosta tanto disso que pode revelar-se um excelente psicólogo. Fisicamente, os filhos de Yemonjá tendem à obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo. As mulheres, por exemplo, acabam por ficar com os seios caídos e as nádegas contidas e preferem os cabelos compridos. São extrovertidos e sabem sempre de tudo (mesmo que não saibam).

 

CABOCLOS Na Umbanda, o Caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças do tempo de aldeia.  Conhecedores de muitas ervas, os Caboclos são exímios na arte e na limpeza espiritual, são profundos conhecedores das ervas medicinais e de sua propriedades espirituais, assim como suas propriedades terapêuticas para o tratamento de muitos males. São grandes passistas e os resultados de seus trabalhos aparecem rapidamente. Gostam muito de crianças e se entristecem muito com o mal tratamento dispensados a elas por maus pais. Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm uma dificuldade muito grande de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos, que são filhos da casa, iniciando seus desenvolvimentos ou alguém que não tenha mediunidade de incorporação. Eles são muitos sérios, porém gostam de festas e fartura, dançam e cantam ao seu modo. Assim se manifestam os Caboclos, onde quer que sejam chamados. Algumas casas adotam determinadas doutrinas que tolhem um pouco as características. Não lhes permitem fumar, e se mesmo assim, humildemente, aceitam as condições dos guias de chefia da casa, é por que é maior o desejo da caridade, do que mostrarem-se como realmente são. Desta forma, isso não diminui nem seus trabalhos nem a capacidade da casa, muito mesmo deprecia a doutrina. No entanto é muito importante que os respeitemos da maneira que se apresentem, sem que queiramos por nossas variações sociais, determinar suas procedências ou negar sua qualidades.

 

Oxossi Orixá africano dos caçadores, irmão caçula de Ogum, Oxóssi era também cultuado pela sua importância terapêutica, por conta de seu contato com as matas e, consequentemente, com o Orixá das folhas terapêuticas e litúrgicas, Ossain. Além disso, era o desbravador que, em busca da sobrevivência, descobria novos locais para a prática da agricultura e a instalação de aldeias, assim como funcionava como um guardião, já que aos caçadores era dada a atribuição de defesa por conta do uso de armas (arco e flecha, por exemplo). Nessas atribuições de Oxóssi podemos perceber numa das lendas sobre o Orixá.  Lendas de Oxóssi Oxóssi mata o pássaro das feiticeiras Todos os anos, para comemorar a colheita dos inhames, o rei de Ifé oferecia aos súditos uma grande festa. Naquele ano, a cerimônia transcorria normalmente, quando um pássaro de grandes asas pousou no telhado do palácio. O pássaro era monstruoso e aterrador. O povo, assustado, perguntava sobre sua origem. A ave fora enviada pelas feiticeiras, a Iyá Mi Oxorongá, nossas mães feiticeiras ofendidas por não terem sido convidadas. O pássaro ameaçava o desenrolar das comemorações, o povo corria atemorizado. E o rei chamou os melhores caçadores do reino para abater a ave grande. De Ido, veio Oxotogum com suas vinte flechas. De More, veio Oxotogi com suas quarenta flechas. De Ilarê, veio Oxotadotá com suas cinqüenta flechas. Prometeram ao rei acabar com o perverso bicho, ou perderiam suas próprias vidas. Nada conseguiram, entretanto, as três odes. Gastaram suas flechas e fracassaram. Foram presos por ordem do rei. Finalmente, de Irem, veio Oxotocanxoxô, o caçador de uma só flecha. Se fracassasse, seria executado junto com os que o antecederam. Temendo a vida do filho, a mãe do caçador foi ao babalaô e ele recomendou à mãe desesperada fazer um ebó que agradasse as feiticeiras. A mãe de Oxotocanxoxô sacrificou então uma galinha. Nesse momento, Oxotocanxoxô tomou o seu ofá, seu arco, apontou atentamente e disparou sua única flecha. E matou a terrível ave perniciosa. O sacrifício havia sido aceito. As Iyá Ni Oxorongá estavam apaziguadas. O caçador recebeu honrarias e metade das riquezas do reino. Os caçadores presos foram libertados e todos festejaram. Todos cantaram em louvor a Oxotocanxoxô. O caçador ficou muito popular. Cantavam em sua honra, chamando-o de Oxóssi, que na língua do lugar que dizer “O guardião é Popular”. Desde então Oxóssi é o seu nome. Notas bibliográficas Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – 2001 Oxóssi ganha de Orunmilá a cidade de Queto Um certo dia, Orunmilá precisava de um pássaro raro para fazer um feitiço de Oxum. Ogum e Oxóssi saíram em busca da ave pela mata adentro, nada encontrando por dias seguidos. Uma manhã, porém, restando-lhes apenas um dia para o feitiço, Oxóssi deparou com a ave e percebeu que só lhe restava uma única flecha. Mirou com precisão e a atingiu. Quando voltou para a aldeia, Orunmilá estava encantado e agradecido com o feito do filho, sua determinação e coragem. Ofereceu-lhe a cidade de Keto para governar até sua morte, fazendo dele o orixá da caça e das flechas. Notas bibliográficas Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – 2001 Erinlé é acusado de roubar cabras e ovelhas Em Ijebu viveu um caçador chamado Erinlé, ele era generoso e imbatível na caça, por isso era admirado pela maioria da população, mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé e que conspiravam para arruinar o caçador, famoso pela caça de elefantes e de outros animais. Decidiram roubar cabras e ovelhas do rei e culpar Erinlé, o rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo, os conspiradores foram até o rei fazer a acusação, disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas, escondia as peles em casa e dizia que as carnes eram de animais selvagens. O rei quis ouvir a defesa de Erinlé, houve testemunhos a favor dele, diante do impasse, o rei ponderou que Erinlé parecia ser de fato um grande caçador, mas teria que provar sua inocência. Erinlé disse: Minha caça falará por mim. Minha caça será minha testemunha”. Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei, Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado, presas de elefantes e de javalis, peles de gamos, veados e antílopes. Então o rei reconheceu a inocência de Erinlé e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto, Erinlé foi para casa, inocentado porém triste. Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera, Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem desgraça-lo, n ão quis mais caçar nem comer com os seus. Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo com a sua chibata de cavaleiro, seu bilala. Imaginava que seria acusado novamente caso acontecesse outro roubo de animais. Erinlé perdera completamente a vontade de caçar, então entrou na água de um rio próximo e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto, E se tornou o orixá do rio. Erinlé agora é o rio, o rio Erinlé é Erinlé, o orixá caçador que já não caça. Notas bibliográficas Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – 2001

  MENSAGEM DO CABOCLO GUARACY “Amados filhos e filhas.Que as Sete Luzes Divinas de nosso Pai Maior possam iluminar a coroa de vós todos.
Chamo-lhes a atenção as necessidades do Alto, ao trabalho socorrista espiritual que se faz, cada vez mais, tão necessário entre os espíritos encarnados e desencarnados. Vós tendes os instrumentos necessários para prestar socorro espiritual, aconselhamento e ajuda energo-magnética aos irmãos e irmãs necessitados. Porém, escondem-se atrás de DESCULPAS transvestidas de FALSO RESPEITO às consagrações e autorizações para utilizar dessas abençoadas ferramentas. Já é hora de tirar-las das gavetas abarrotadas de magias, receitas, reikis, diplomas e mistérios sem uso, pois vós tendes todas as autorizações necessárias para utilizá-las a favor do próximo e de si mesmos. Deixem de lado as desculpas de que não ajudam nem a si mesmos e por isso esperam o dia do equilíbrio próprio para ajudar o próximo. Ajudar o próximo também resolve vossas próprias necessidades! Vós sabeis que podeis aplicar passes magnéticos, magias, reikis, rituais religiosos de cura e equilíbrio à distância utilizando apenas nomes, fotografias, objetos, endereços das casas ou trabalhos dos necessitados. Sabeis que podeis realizar cultos religiosos com vossos familiares e amigos, solicitando ajuda do Alto a si e aos vossos irmãos e irmãs. E, mesmo assim, acreditam não ter as consagrações, direitos ou autorizações? Pois o PAI MAIOR vos autorizou desde que a VÓS CRIOU DA LUZ que é ELE mesmo! TUDO ESTÁ EM VÓS. No Astral Inferior, nossos irmãos e irmãs negativados, trabalham 24 horas por dia e não param de dar passos de vitórias diante dos espíritos encarnados e desencarnados, principalmente sobre os encarnados. E vós ainda insistis em receber AUTORIZAÇÕES? Pois esse humilde irmão espiritual vem a vós implorar por vosso comprometimento com tudo que escolhestes aqui deste lado antes de partir para essa nova jornada carnal… Trabalhe por vós e pelo próximo, sem INDECISÕES, sem PREGUIÇAS, sem MEDOS, pois vós estareis sempre amparados. Como a mensagem do mestre-irmão Jesus: “Onde estiver dois ou mais reunidos em meu nome, lá estarei eu entre eles”… Ora amados irmãos e irmãs, o mestre-irmão Jesus, representante da FÉ e do AMOR do PAI MAIOR apenas quis dizer que o AMPARO DIVINO sempre se fará presente aos que por ele se dispuserem a trabalhar. Por isso, mais uma vez, clamo aos médiuns, projetores, apômetras, reikianos, magos, religiosos e a todos os irmãos e irmãs que possuem instrumentos de cura, desobsessão, doutrinação, aconselhamento, reparação espiritual, energética e magnética… É hora de abrir as gavetas de vossos depósitos espirituais e colocarem em prática tudo isso pelo bem de todos. Peço-lhes também que se reúnam e espalhem essa semente de FÉ, AMOR e EVOLUÇÃO a todos os que lhe forem possíveis. Que nosso PAI MAIOR possa abençoá-los, ampará-los e protegê-los.”